SITUAÇÃO PRECÁRIA: IBGE identifica 68 favelas em Porto Velho

Instituto identifica como favela assentamento urbano informal densamente povoado caracterizado por moradias precárias e situação de miséria

SITUAÇÃO PRECÁRIA: IBGE identifica 68 favelas em Porto Velho

Foto: Divulgação

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Em levantamento do Censo 2022 divulgado na última sexta-feira (8), o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) identificou 74 comunidades em Rondônia classificadas como favelas, das quais 68 estão localizadas em Porto Velho. Entre essas, o bairro Nacional se destaca, figurando entre as 10 maiores favelas do país em extensão, com 4,1 km², e sendo a maior do estado.
 
 
Conforme a definição do IBGE, uma favela é um conjunto de domicílios com no mínimo 51 unidades habitacionais, caracterizado por ocupação desordenada de terrenos alheios e pela carência de serviços públicos essenciais. Essa tipologia inclui localidades com insegurança jurídica na posse dos imóveis, ausência ou precariedade na oferta de infraestrutura básica e ocupação de áreas com restrições ambientais ou de risco.
 
O estudo revela que 5,27% da população rondoniense reside em favelas, percentual que se eleva para 17,33% em Porto Velho. Em números absolutos, isso representa cerca de 16,25% das habitações da capital ocupadas por moradias simples. No total, o Brasil conta com 12.348 favelas distribuídas em 656 municípios.
 
Principais comunidades e população residente
 
Porto Velho concentra as maiores áreas de ocupação irregular em Rondônia, como o bairro Cidade Nova II, com 6.702 moradores, e o bairro Novo Horizonte, com 4.176. Essas áreas revelam o aumento expressivo na ocupação urbana em locais carentes de infraestrutura adequada. Veja a seguir as principais localidades da capital com presença de favelas e o número de moradores em cada uma:
 
Nacional: 7.697 moradores
 
Cidade Nova II: 6.702
 
Novo Horizonte: 4.176
 
Socialista II: 2.812
 
Aponiã A: 2.152
 
Maringá: 1.557
 
Nova Esperança: 1.533
 
Jardim Santana II: 1.348
 
Floresta I: 1.221
 
Esses números mostram que a capital do estado concentra uma grande parcela da população em áreas sem a segurança jurídica e serviços essenciais. Esse quadro evidencia a necessidade de políticas públicas para a regularização fundiária e a melhoria das condições de vida nas áreas mais vulneráveis de Porto Velho.
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