Investigação tenta, desde junho, entender os preços da gasolina na capital, porém pouco parece mudar
Foto: Ilustrativa
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A Comissão Parlamentar de Inquérito, que investiga a alta de preços de combustíveis em Porto Velho, está na ativa desde julho deste ano, mas os preços não parecem se intimidar.
O Rondoniaovivo, que acompanha de perto a alta de preços, segue registrando dígitos absurdos em diversos postos da capital.
Como contamos em maio deste ano, em Porto Velho o preço da gasolina chega a ser R$ 0,50 centavos mais cara quando comparada aos preços do interior — algo que não faz sentido, já que todos os combustíveis do estado escoam a partir de Porto Velho.
Mesmo pagando frete, os combustíveis de cidades do interior como Nova Mamoré e Vilhena chegam a ser 6% mais baratos que em Porto Velho. De acordo com a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), a média de preços da gasolina na capital é de cerca de R$ 6,60 — uma das médias mais elevadas do estado.
A CPI, que busca “apurar os possíveis abusos na prática dos preços dos combustíveis ao consumidor final, na cidade de Porto Velho”, caminha lentamente — mas tão lentamente que a população começou a ficar impaciente.
“Demais! Tá caro! Disseram que ia ‘baixar’ [o valor da gasolina] depois dessa [CPI] mas continua a mesma coisa quase”, disse Adriano Seixas, motorista de aplicativo da capital em entrevista ao Rondoniaovivo.
Seixas, que conta com a baixa dos preços da gasolina para trabalhar, está desacreditado com o andamento da Comissão.
“A gente [motoristas de aplicativo] tem parceria com alguns postos pra ganhar desconto, mas mesmo assim continua caro. Eu não sei onde que vai parar o preço, mas precisam dar [um] jeito”, completou o motorista.
Apesar de lenta e aparentemente ineficaz, a CPI tem movimentado um capital tão valioso quanto o dinheiro: o capital político.
Difícil é fugir de publicações de vereadores nas redes sociais, enchendo o peito de orgulho pela promissória CPI — tão difícil quanto evitar suspiros de exaustão frente a estes vereadores que se rotulam “fiscais da população” é entrar em contato com tais parlamentares.
A reportagem tentou contato com personagens importantes da Comissão para tentar obter posicionamentos sobre o andamento da investigação. Gilber Mercês, presidente da CPI, e Cleibson Carvalho, presidente da Associação dos Donos de Postos de Combustíveis (Ascopetro), não responderam aos pedidos de entrevista.
Enquanto a reportagem espera respostas, o preço da gasolina ameaça subir ainda mais com as novas alíquotas do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), que é de responsabilidade do Governo do Estado, que aumentou a alíquota de 17 para 19,5% a partir de 01 de janeiro de 2024.
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