ALERTA: Baixa vacinação em crianças na capital é preocupante, informa Semusa

Principais vacinas da primeira infância estão deixando de ser aplicadas e a maioria das crianças está com os cartões de vacinação em atraso

ALERTA: Baixa vacinação em crianças na capital é preocupante, informa Semusa

Foto: ILUSTRATIVA

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Embora as vacinas sejam aplicadas gratuitamente nos postos de saúde da rede pública, a imunização infantil vem caindo de forma vertiginosa na capital. Mas essa queda na procura por vacinas infantil não é um fato isolado de Porto Velho, mas ocorre em todo Brasil.
 
Segundo a Divisão de Imunização da Secretaria Municipal de Saúde, de Porto Velho, essa queda na procura já vem de alguns anos, mas se intensificou com a chegada da pandemia de covid-19. Durante o período pandêmico, muitos pais deixaram de levar seus filhos para vacinar causando assim atrasos nas principais vacinas infantis, como por exemplo a da poliomielite.
 
Essa é considerada umas das principais vacinas da primeira infância, e teve uma diminuição na procura que é preocupante. Isso porque, Rondônia pode ter de volta uma doença que já estava praticamente extinta no Brasil nas últimas décadas. 
 
Com esse cenário e para evitar que a poliomielite, ou paralisia infantil como também é conhecida, volte a assombrar as famílias, a Prefeitura prorrogou até o dia 30 de setembro a campanha contra a doença.
 
Dessa forma, todas as unidades de saúde da capital estão disponibilizando a vacina. O público-alvo da campanha são crianças de 3 a 4 anos que completaram seu esquema básico com a vip, que é a dose injetável da Poliomielite. Essas crianças têm de 1 ano até 4 anos 11 meses e 29 dias, para tomar a dose de reforço. 
 
Em conversa com Eliza Ferraz, enfermeira da Divisão de Imunização da Secretaria Municipal de Saúde (Semusa), ela relatou que a baixa cobertura em Porto Velho se atribui a vários fatores. Um deles foi a falta de vacinas há alguns anos antes da pandemia. Além disso, tem a falta de pessoal treinado para fazer a aplicação da vacina.
 
“Muitos profissionais do setor de imunização tiveram que ser deslocados para a coleta do exame da Covid-19. Isso foi um ponto negativo. Mesmo voltando a fazer o atendimento nas salas de vacinas de manhã e à tarde, a procura ainda é baixa por parte dos pais”, lamentou.
 
Eliza ressaltou ainda que o atendimento na sala de vacina não é tão simples. O profissional muitas vezes pega o cartão que está com as vacinas atrasadas, tem que fazer uma análise e vê que vacina irá fazer na criança para atualizar o cartão.
 
“Muitas vezes é necessário fazer um novo cadastro dessa criança, conforme o sistema pede e esse tipo de atendimento é um pouco demorado. Devido à isso, muitos pais acabam desistindo do serviço”, declarou. 
 
Ela explica que importante informar que o serviço de imunização é complexo, não é só entrar na sala tomar a vacina e marcar um “x” no cartão. É necessária toda uma análise que precisa ser feita e, segundo a enfermeira, as pessoas, infelizmente, não compreendem.
 
Com relação à vacina contra a Covid-19, Eliza vê muito temor por parte dos pais. No momento estão sendo atendido o público de 3 a 4 anos com aplicação da CoronaVac, que por sinal está com estoque baixo, as doses que têm são poucas e a previsão para chegar é até o final do mês de setembro.
 
Ela explicou sobre a forma como é aplicada a CoronaVac. A desinformação em relação às vacinas contra a covid-19, têm sido mais uma dificuldade para fazer com que as famílias levem as crianças para os postos de vacinação. 
 
“Essa é uma vacina de vírus inativado que pode ser aplicada, juntamente com qualquer vacina de rotina. Mas percebe-se a resistência dos pais para aplicação da vacina em suas crianças”, lamentou.
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