DESCASO: 'É gente jogada no chão o tempo todo', diz paciente que aguarda cirurgia no JP II

Hospital voltou a registrar superlotação na manhã desta quinta-feira (12)

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Em pouco mais de um mês, o Rondoniaovivo já noticiou três vezes o descaso com os pacientes do maior pronto socorro do Estado de Rondônia, o João Paulo II. Na manhã desta quinta-feira (12), um vídeo que começou a circular nas redes sociais, mostra a superlotação do hospital. 
 
A unidade que atende pessoas que precisam de atendimento urgente, geralmente devido à acidentes de trânsito, não tem espaço para internar todos os pacientes. 
 
O vídeo gravado por um cidadão que estaria há 12 dias aguardando para realizar um procedimento cirúrgico, mostra pessoas internadas no chão do hospital, sem nenhuma estrutura para tratar os ferimentos. 
 
“Estou esperando uma cirurgia na mão, hospital lotado, estou aqui há 12 dias, já não aguento mais ficar aqui dentro e nada é resolvido”, diz o responsável pelas imagens. 
 
Em seguida ele desabafa: “cada hora chegando mais gente, não tem onde colocar mais ninguém e é recebendo pessoas no hospital, é jogando pano no chão e gente jogada no chão o tempo todo, isso aqui é um descaso, pelo amor de Deus eu estou pedindo ajuda por todos que estão aqui dentro”, suplica o paciente. 
 
Local de trabalho insalubre
 
Quem trabalha no local também reclama das más condições para desenvolver o serviço.
 
Uma servidora que preferiu não se identificar por medo de sofrer retaliações, relatou ao Rondoniaovivo, que o local é insalubre. “A gente não tem condições de trabalho. Ter que atender o paciente deitado em um colchão ou no papelão no chão, não é fácil”, desabada a técnica de enfermagem.
 
A servidora declara também que assim que são noticiados os registros de superlotação, a Secretária Estadual de Saúde (Sesau), organiza uma força-tarefa para desafogar o hospital, mas logo os corredores são preenchidos novamente.
 
Quando é exposto na mídia, o secretário tira os pacientes e manda para outros lugares, mas nos outros dias fica lotado por que o JP não tem condição mais”, revela.
 
A técnica de enfermagem disse ainda que desde que iniciou os serviços na unidade, nunca presenciou fiscalização de órgãos competentes. “Eu nunca vi ninguém do Ministério Público nem da Vigilância Sanitária lá no João Paulo”.
 
O Rondoniaovivo entrou em contato com a Sesau para esclarecer o motivo da superlotação. A pasta emitiu nota. Veja abaixo: 
 
A Secretaria de Estado da Saúde (Sesau), tem como prioridade construir um NOVO HOSPITAL para atender casos de urgência e emergência. Sabemos que o JP II não suporta mais atender toda a população do Estado. Enquanto isso estamos alocando estes pacientes em outros leitos criados especificamente para eles, proporcionando melhor qualidade no atendimento.
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