LAVANDERIA DO HB: Coronavírus gera pânico com risco de contaminação na rede pública de saúde

Há quatro anos o Ministério do Trabalho e Emprego - MTE interditou a lavanderia da Maternidade Municipal, por falta de condições dignas de trabalho

LAVANDERIA DO HB: Coronavírus gera pânico com risco de contaminação na rede pública de saúde

Foto: Divulgação

Receba todas as notícias gratuitamente no WhatsApp do Rondoniaovivo.com.​

O deputado Jair Montes espera apenas a abertura do ano legislativo para levar a plenário um pedido de informações à Sesau sobre a lavanderia instalada no Hospital de Base. Um verdadeiro clima de pânico começa a se instalar nos hospitais públicos de Porto Velho. O parlamentar recebeu denúncias de servidores e pacientes sobre a precariedade do serviço de descontaminação das roupas e até cancelamento de cirurgias por falta de enxovais no HB. Ele foi informado que falta roupa de cama no João Paulo II e pacientes são instalados diretamente sobre a cobertura plástica das camas e macas, o que eleva perigosamente o risco de contaminação. Os protestos e denúncias se avolumaram exponencialmente em função da apavorante progressão do coronavirus, que já registrou dois casos suspeitos na capital.

 

Membro efetivo da Comissão de Saúde, Previdência e Assistência Social da Assembleia, Jair Montes quer seguir rigorosamente os trâmites regimentais para fundamentar adequadamente as providências que irá adotar, a depender das respostas da Sesau ao amplo questionário que elaborou. Algumas certezas ele já tem, a partir de uma visita de inspeção ao Hospital de Base: as roupas hospitalares estão longe de oferecer condições adequadas de conforto, segurança na limpeza e desinfecção e boa apresentação. Ele constatou a falta de uniformes, aventais, toucas, máscaras e botas, de uso obrigatório pelos servidores, material que surpreendentemente começou a aparecer tão logo a direção foi alertada sobre sua presença.

 

O parlamentar sabe que a decisão de equipar a rede pública com lavanderia própria foi lastreada em pretextados princípios de economicidade e combate à corrupção. A eficiência foi desdenhada, já que o projeto, executado sem planejamento técnico adequado - basta verificar o equipamento milionário ali instalado - não poderia concorrer com a iniciativa privada. Os demais itens da justificativa original jamais foram conferidos, embora pessoas ligadas ao setor apontem para gigantescas compras de produtos químicos e descarte desnecessário de maquinários, sem contar a permanente aquisição de rouparia, cujo desgaste, com pouco tempo de uso, é resultado do manejo impróprio dos produtos químicos na lavagem.

 

A verdade é que economicidade dificilmente poderia acontecer ali, pelo volume de servidores instalados sem qualquer experiência ou credenciamento técnico, pelo exagerado consumo de energia e gastos com reposição. Com o suspeito imobilismo dos órgãos de fiscalização, típico de compadrio nepótico, não é possível mensurar os custos do sistema, que escapa também ao crivo da opinião pública, por falta de transparência nas contas. Mas pode-se estabelecer um paralelo com a rede pública do município de Porto Velho.

 

Há quatro anos o Ministério do Trabalho e Emprego - MTE interditou a lavanderia da Maternidade Municipal, por falta de condições dignas de trabalho. A Semusa optou por licitar e terceirizar o setor fora do ambiente hospitalar. Com isso, a despesa com lavagem de roupas hospitalares, que apenas na Maternidade Municipal custava ao município R$ 120 mil mensais, foi reduzida para média de R$ 80 mil. E, além da Maternidade, são atendidos, sem custos adicionais a rouparia da UPA Zona Sul, UPA Zona Leste, Policlínica Ana Adelaide, Policlínica Dr. Rafael Vaz e Silva, CER, CEM, Posto José Adelino e SAMU. A Semusa fez o que a rede privada faz desde sempre: é dispendioso e improdutivo o envolvimento direto com uma atividade meio, que é a lavanderia hospitalar. Sem isso, toda a dedicação pode ser dirigida exclusivamente à atividade fim: saúde!  Simples assim.

 

Direito ao esquecimento

A política de comentários em notícias do site da Rondoniaovivo.com valoriza os assinantes do jornal, que podem fazer comentários sobre todos os temas em todos os links.

Caso você já seja nosso assinante Clique aqui para fazer o login, para que você possa comentar em qualquer conteúdo. Se ainda não é nosso assinante Clique aqui e faça sua assinatura agora!

Qual sua opinião sobre o bloqueio de emendas parlamentares?
Você acredita que a gestão Hildon Chaves realmente teve 90% de aprovação?

* O resultado da enquete não tem caráter científico, é apenas uma pesquisa de opinião pública!

MAIS NOTÍCIAS

Por Editoria

PRIMEIRA PÁGINA

CLASSIFICADOS veja mais

EMPREGOS

PUBLICAÇÕES LEGAIS

DESTAQUES EMPRESARIAIS

EVENTOS