Mecânicos especialistas dizem que 'aquilo de graça está caro'
Foto: Divulgação
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Há quase três anos o Jornal Eletrônico Rondoniaovivo denunciava a inoperância e a péssima compra do Helicóptero PT-HMW doado pelo Ministério Público do Trabalho em Rondônia e pelo Poder Judiciário ao Corpo de Bombeiros Militar do Estado (CBMRO).
A aeronave foi entregue ao Governo do Estado em 16 de fevereiro de 2016 mas nunca voou, pois já chegou com defeitos e revisões vencidas.
Um verdadeiro 'presente de grego'. Adquirido junto à empresa Abelha Táxi Aéreo, por 450 mil dólares – o equivalente a R$ 1,1 milhão, em 2015, por indicação dos próprios bombeiros e sem licitação com recurso oriundo de multa trabalhista a empresa.
QUEM COMPROU
Na época o comandante do Grupamento de Operações Aéreas (GOA), capitão Philipe Rodrigues Maia Leite, um dos ligados diretamente na compra da "bucha", disse que a aeronave não chegou com defeito, mas que “a mesma veio com manutenções preventivas e calendárias vencidas”.
Aduziu, no entanto, que esse problema não prejudicou o translado da mesma até Porto Velho. Entretanto, desde que foi entregue no início de 2016, até hoje o PT-HMW nunca voou.
Em janeiro de 2018, a aeronave foi enviada para uma manutenção fora do estado para Porto Alegre de carreta e até hoje não retornou. Em conversa com redação do Rondoniaovivo, o capitão Philipe Maia disse que o Helicóptero estaria pronto para retornar, aguardando somente a liberação da ANAC. Este dialogo aconteceu em dezembro de 2018.
BUCHA VERMELHA
Mecânicos especialistas dizem que 'aquilo de graça está caro' e que uma aeronave naquelas condições, "não vale nem a metade do que foi pago". Uma investigação do Ministério Público Estadual seria boa para esclarecer como se passou esta malfadada compra. O próprio Ministério Público do Trabalho, órgão que intermediou doação, podia também "ver o que aconteceu".
Em outros estados da federação, o governo está privatizando sua frota aérea, assim como faz com as viaturas policiais. Até o conhecido grupamento Águia de São Paulo já faz estudo de redução de custos, mas em Rondônia, a história é bem diferente.
NOVA COINCIDÊNCIA
Na compra da aeronave Caravan PR-PML para o uso do Corpo de Bombeiros, uma coincidência chama a atenção. Quando se adquire um avião, o proprietário recebe um prefixo para sua aeronave. Existem duas formas, vem um prefixo aleatório ou o cidadão pode pagar e escolher um prefixo. E foi o que aconteceu em Rondônia.
Dentre os oficiais envolvidos na aquisição, aparece novamente o nome do Capitão BM Philipe Maia Leite.
Deve ser investigado a compra pelo estado de Rondônia do prefixo PR-PML, que vem a ser as iniciais do nome do citado bombeiros. O Ministério Público deve investigar esta suposta promoção pessoal com dinheiro público.
* O resultado da enquete não tem caráter científico, é apenas uma pesquisa de opinião pública!