MULHERES: DIU pode reduzir risco de câncer de ovário em mais de 30%, diz estudo

Hormônio liberado pelo dispositivo atuaria como protetor do organismo contra cânceres ginecológicos, especialmente o de ovário e de mama

MULHERES: DIU pode reduzir risco de câncer de ovário em mais de 30%, diz estudo

Foto: Divulgação

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Pesquisadores da Faculdade de Medicina da Universidade do Colorado, nos Estados Unidos, têm uma boa notícia para usuárias do dispositivo intra-uterino (DIU). Segundo eles, adeptas desse método de controle de natalidade teriam até 32% menos chances de ter câncer de ovário. O resultado foi válido tanto para quem usava o DIU com hormônio ou não.

 

Para realizar a pesquisa, publicada na revista Obstetrics and Gynecology, a equipe revisou 11 estudos anteriores sobre o assunto. O levantamento mostrou que os dispositivos, hormonais ou não, poderiam reduzir o risco de câncer de 15% a 32%.

 

Uma possível explicação para isso seria o fato do DIU combater altos níveis de estrogênio, hormônio associado ao aumento no risco de câncer de mama e de ovário. Outra razão, de acordo com os pesquisadores, seria relacionada ao efeito inflamatório local provocado pelo DIU. Isso aumentaria a presença de células imunológicas, que protegeriam o organismo do câncer.

 

O DIU é um método contraceptivo que deve ser aplicado em mulheres sexualmente ativas, inclusive adolescentes. A estrutura é inserida no útero e se assemelha com uma pequena haste, em formato de T. É um dos métodos de prevenção à gravidez mais seguros. Ele libera substâncias no corpo, impedindo que espermatozoides permaneçam na região ou fecundem o óvulo. O dispositivo tem validade de cinco a dez anos, mas pode ser retirado a qualquer momento, após recomendação médica.

 

De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (Inca), do Ministério da Saúde, o câncer de ovário é o segundo tipo de câncer ginecológico mais comum, atrás apenas do câncer do colo do útero. Em 2018, a estimativa do órgão foi de 6.150 novos casos, com 3.879 óbitos. Idade avançada, fatores reprodutivos e hormonais, histórico familiar, genética e obesidade são os principais fatores de risco.

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