Durante coletiva, o delegado regional executivo da PF, José Antônio Simões, disse que essa empresa receberia o dinheiro pago em sua integralidade mesmo com fiscais alegando que a qualidade do trabalho executado era abaixo do esperado em contrato
Foto: Divulgação
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Deflagrada na manhã desta quarta-feira (10) pela Polícia Federal – PF, Ministério Público Federal – MPF e Controladoria Geral da União – CGU, a operação Mão Dupla impediu que R$ 12 milhões fossem pagos de forma indevida a empresa LCM Construção e Comércio, acusada de esquemas criminosos para fraudar o erário em anuência com agentes do Departamento Nacional de Infraestrutura e Transporte de Rondônia – DNIT/RO.
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Durante coletiva, o delegado regional executivo da PF, José Antônio Simões, disse que essa empresa receberia o pagamento em sua integralidade mesmo com fiscais apontando que a qualidade do trabalho executado era abaixo do esperado em contrato. O trecho em especifico fica localizado na região de Vista Alegre do Abunã, distrito de Porto Velho (RO).
Foram cumpridos sete mandados de prisão e dez mandados de busca e apreensão nos estados de Rondônia e Acre. Os crimes apurados são de peculato, corrupção ativa e passiva, bem como formação de organização criminosa, somadas, as penas podem chegar até 32 anos.
Segundo o Procurador da República João Gustavo de Almeida, que integra o núcleo de combate à corrupção, essa operação foi deflagrada em tempo recorde e se baseou em fatos bem delineados, permitindo que a Polícia Federal pudesse chegar rapidamente à esse esquema.
“Causa espanto a forma como a empresa conduzia essa operação ilícita, é uma rodovia que está bem avariada e se confirmado que toda essa extensão está comprometida, certamente a sociedade terá novos problemas com a qualidade dessa pista”, afirmou.
Após a deflagração dessa primeira fase, os agentes federais irão realizar oitivas com presos para entender se todo esse trecho da BR-364 que foi deteriorado durante a cheia o rio Madeira em 2014 foi reconstruído de forma corrupta, como o de Vista Alegre. Desde o dia da denuncia até a deflagração dessa operação foram menos de duas semanas.
Entre os problemas causados por esse esquema estão medições erradas na pista que podem levar a acidentes. O delegado responsável pelas investigações, Juliano Fumyo, afirmou que seguirá nas investigações e irá verificar as outras medições que ainda não estão à disposição das autoridades.
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