LAVA JATO: Após prisão de Temer, propinas de Jirau e Santo Antônio podem ser a bola da vez

Em junho de 2017 a operação Lava Jato apontou que essas duas obras teve a capacidade de unir em torno da corrupção personagens da esquerda e da direita

LAVA JATO: Após prisão de Temer, propinas de Jirau e Santo Antônio podem ser a bola da vez

Foto: Ilustrativa

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A prisão do ex-presidente Michel Temer, pegou muita gente de surpresa na semana passada.  Em mais uma fase da operação Lava Jato, os investigadores federais conseguiram ligar Temer e boa parte de seus aliados ao recebimento de propinas milionárias de empreiteiras e concessionarias públicas, no caso específico de Temer, a obra na usina de Angra 3 teria sido utilizada como base de desvio de recursos.

 


No estado de Rondônia, esse novo passo da Justiça Federal coloca muitos políticos, sindicalistas e autoridades publicas contra a parede, trata-se da fase da operação Lava Jato que investiga as propinas recebidas por essas pessoas durante a construção das usinas de Jirau e Santo Antônio, instaladas no rio Madeira, dentro da capital, Porto Velho. 

 


Em junho de 2017 a operação Lava Jato apontou que essas duas obras tiveram a capacidade de unir em torno da corrupção personagens da esquerda e da direita. Os valores são milionários, delações indicam que Eduardo Cunha recebeu R$ 20 milhões, o ex-Senador Aécio Neves levou R$ 50 milhões, já pelo lado da esquerda, o deputado petista Arlindo Chinaglia teria levado R$ 10 milhões. 

 


Entre os personagens locais está o Senador Valdir Raupp, que teria embolsado R$ 20 milhões de propina, de acordo com a operação Lava Jato, o nome dele na lista de pagamento era “Alemão”.  O ex-senador Ivo Cassol também teve seu nome incluído, teria recebido 252.828,52 mil dólares. Ambos os ex-parlamentares negam as acusações e afirmam que as delações foram levianas. 

 


As propinas não se limitaram apenas a políticos rondonienses, líderes sindicais, ambientalistas e até indígenas ganharam dinheiro para não tumultuarem o processo das obras. Antenor Karitiana e Orlando Karitiana, representantes da etnia Karitiana teriam recebidos seguidos depósitos para acalmar o clima na comunidade e a construção acontecer sem muitos problemas. A associação instituída para representar os Karitianas também foi apontada por ter sido favorecida. 

 


Mesadas de R$ 2,5 mil até R$ 5 mil eram pagas a representantes de sindicatos e da Central Única dos Trabalhadores – CUT, tudo para conter os ânimos de milhares de trabalhadores que moravam nos canteiros de obras.

 


Todos os relacionados nas delações negam as informações prestadas por seus delatores. Em cada desdobramento da Lava Jato as usinas de Rondônia ficam mais perto de serem a bola da vez e promoverem um verdadeiro saneamento na política local.

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