A mulher se recusou a deixar o local sem levar o freezer e outros utensílios do pequeno comércio com medo de ser roubada
Foto: Divulgação
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O volume de chuva que vem caindo em Porto Velho (RO) desde o inicio do carnaval até a manhã desta segunda-feira (4), assustou a comunidade e já vem mostrando significantes impactos nas áreas próximas ao rio Madeira, continuamente atingidas nos últimos anos, como a região do bairro Triângulo e distritos ribeirinhos.
De acordo com a Delegacia Fluvial de Porto Velho, o rio Madeira, na capital atingiu 17,30 metros em seu nível neste último domingo (3), seguindo o fluxo de continua subida, já que fechou o mês de fevereiro com o registro de 16,81 metros.
Localizado em uma dessas áreas afetadas, o espaço onde é realizada diariamente a feira do produtor, foi tomado pela água do rio paralisando as atividades e causando um severo impacto econômico para centenas de produtores e comerciantes ao entorno.
A produtora rural Margarida Matias precisou realizar um apelo público para receber o socorro das autoridades competentes, com medo de perder seu freezer, entre outros utensílios que a ajudam na comercialização de frutas e outros alimentos, ela se recusou a sair do local sem o devido transporte de seu patrimônio.
“Moro na região do Joana D’arc e quero ir para casa, mas não vou deixar minhas coisas aqui. Tenho medo de perder tudo. Acho que não volto a trabalhar na feira do produtor”, afirmou dona Margarida ao repórter William Homem do Tempo, que esteve no local.
A recomendação das autoridades é de que em casos semelhantes ao de Dona Margarida a Defesa Civil seja acionada através do telefone 199. Porém, de acordo com a produtora, ela por diversas oportunidades buscou esse serviço sem resposta.
Por volta das 10h00, desta segunda-feira (4), um caminhão da Secretaria Municipal de Agricultura – SEMAGRIC,foi deslocado para retirar Dona Margarida, que retornará para sua comunidade rural. Dona Margarida doou as frutas e verdura que ia vender à Associação Beneficente Lar São Francisco.
No final de janeiro desse ano, a Prefeitura de Porto Velho, através da Defesa Civil havia descartado o estado de alerta, fato que já muda de cenário com atual realidade do rio Madeira.
Um estudo apontando os indicativos para o volume de água que deverá ser recebido nos próximos 90 dias pelo rio está sendo realizado pelo Sistema de Proteção da Amazônia – SIPAM.
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