LAZER? Comércio e insegurança afugentam frequentadores da Praça dos Expedicionários

São tantos impostos que pagamos e nem mesmo o mínimo estamos recebendo. Aqui poderia ser uma praça muito bonita

LAZER? Comércio e insegurança afugentam frequentadores da Praça dos Expedicionários

Foto: Paulo Besse/Rondoniaovivo

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Ainda que cada Praça de Porto Velho possua características únicas, todas têm em comum o fato de serem, essencialmente, espaços públicos destinados ao lazer. Entretanto, como resultado de fatores como a insegurança e a mudança de hábitos da população, a utilização de determinados pontos tem adquirido contornos que mais se assemelham ao funcionamento de equipamentos privados, em um processo que descaracteriza as praças e divide opiniões.



Um dos pontos da Capital onde o fato é visto com frequência é a Praça dos Engraxates, ou Expedicionários, (como é conhecida agora), bem no centro da cidade. Durante o dia, o lugar é movimentado com pessoas que buscam por bares, restaurantes e jogos. O movimento aumenta ainda mais em horário de almoço, quando os restaurantes instalados ali, oferecem comida com cardápios variados. Nas noites de sexta-feira, sábado e domingo, indicam moradores, a aparência da praça se transforma com as dezenas de barracas montadas por comerciantes de bebidas e alimentos.

 

Monumento dedicado aos expedicionários na praça que antes era conhecida como dos engraxates 


Ao mesmo tempo em que atrai frequentadores de vários bairros, o comércio, que ocupa grande parte da praça, afeta parte dos moradores, que se incomoda com a perda de espaço para circular e com o trânsito intenso que se forma no entorno da Praça dos Expedicionários.

 

Incômodo

 

Marcos Chastinet



De acordo com o aposentado Marcos Chastinet, que mora próximo à praça, há cerca de uma década o espaço é ocupado por comerciantes. Contudo, destaca, a situação tem se tornado mais grave nos últimos anos, com o crescimento do número de barracas e consequente perda do espaço.



Para Chastinet, o ideal seria que a Prefeitura limitasse o número de comerciantes que podem atuar no local, fazendo com que a praça tivesse um espaço destinado ao comércio e outro ao lazer.

 

Henrique Ventura

 

Já o funcionário público Henrique Ventura diz não se sentir incomodado com a ocupação. "Se a pessoa está lá trabalhando, ganhando o dinheiro dela honestamente, não vejo por que não estarem ai", comenta.



Ele salienta, todavia, que o comércio, por conta da falta de educação de muitos frequentadores, também resulta em maior poluição no local. Embora haja várias lixeiras na praça, vários materiais descartáveis são jogados no chão.



O público e o privado se confundem, onde a fachada dos restaurantes tira toda a visibilidade. Situados a poucos metros do monumento que compõe a paisagem do lugar, as instalações dos restaurantes causam estranheza a muitos dos observadores.

 

Insegurança

 

A Polícia Militar (PM) tem adotado a medida de tolerância zero, com ações diárias, para devolver aos locais a tranquilidade de outrora

 

O problema, percebido de forma aguda, não raramente é encontrado em outras praças do Centro, como a Praça do Baú, que coloca esses locais entre as prioridades da Polícia Militar. A corporação tem adotado a medida de tolerância zero, com ações diárias, para devolver aos locais a tranquilidade de outrora. Todavia, a situação vai além do que pode fazer a PM e requer intervenções com viés social.

 

No caso da Praça dos Expedicionários, que serve de reflexo para as outras praças da capital, não é de agora que essa situação de degradação é observada por quem trabalha ou mora no entorno. Conforme eles, os problemas são antigos e vêm piorando com o passar do tempo, ultrapassando os limites da praça, uma vez que se estendem para a vizinhança.

 

O aumento de pessoas em situação de rua ocupando esses espaços também merece atenção, deixando evidente a necessidade de iniciativas do Poder Público, com a finalidade de dar a elas uma chance de resgatarem a dignidade e uma nova chance de vida.

 

São homens e mulheres e até crianças que passam o dia e a noite nas praças e, para viverem, acumulam cobertores, papelões, vasilhames e lixo. Até fezes podem ser encontradas ao redor. Fato que é visto de forma negativa pelo restante da população, que passa a desejar a retirada do comercio irregular e dessas pessoas dos locais.

 

O que diz a população:

 

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