TERRA CURA: Curso de Bioconstrução nesta semana em Porto Velho

Bioconstrução é a forma encontrada para manter uma vida saudável sem prejudicar o meio ambiente

TERRA CURA: Curso de Bioconstrução nesta semana em Porto Velho

Foto: Divulgação

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Em outubro de 2016, a jornalista e produtora audiovisual e ambientalista Luana Lopes, iniciou com o apoio de sua Mãe, a produtora cultural e artesã, Almira Lopes um projeto para reflorestar cerca de sete hectares na área do Teatro Jerusalém da Amazônia.

 

Há 36 anos o Clube Teatral Êxodo, (do qual a Almira Lopes é sócia fundadora e membro da diretoria) adquiriu a área no Km 13 da BR 364 (sentido Cuiabá) para a construção de um teatro de arena, conhecido como a Jerusalém da Amazônia, sendo atualmente o maior teatro a céu aberto da Região Norte, onde anualmente era apresentada a peça teatral o “Homem de Nazaré” que já chegou a reunir uma plateia de 10 mil espectadores em uma única noite de apresentação.

 

Para a construção do Teatro, boa parte da área, que se encontra às margens do Rio das Garças foi desmatada, o que provocou, num processo lento, mas, constante ao longo dos anos a erosão em uma parte dessa área.

 

 

Em setembro de 2016, Luana Lopes, depois de uma conversa inspiradora com o líder espiritual e político dos índios Ashaninka, Benki Pianko, que realiza um projeto de reflorestamento e educação ambiental, reconhecido mundialmente, na fronteira do Acre com o Peru, através do Centro Yorenka Ãtame (Centro Saberes da Floresta) decidiu junto a sua mãe, Almira, iniciar um projeto de reflorestamento e recuperação da área degradada na Jerusalém da Amazônia com o apoio de outros sócios fundadores do Clube Teatral Exôdo.

 

Em outubro (2016) elas começaram o reflorestamento com 150 mudas de árvores de reflorestamento e frutíferas adquiridas no viveiro da Prefeitura de Porto Velho e dois meses depois já eram 300 árvores plantadas.

 

 

No ano de 2017 mais amigos voluntariaram-se ao projeto, abraçaram a causa e atualmente o reflorestamento já conta com mais de 700 árvores plantadas, um viveiro com mudas de variadas espécies e um jardim no entorno da igreja da comunidade.  O projeto conta hoje, com a colaboração de cerca de 20 voluntários que doam seu tempo e o conhecimento em suas áreas profissionais ou de interesse, o que cada um tem para o reflorestamento.

 

O Clube Teatral Exôdo, apoia e colabora com a execução do projeto que está levando inúmeras melhorias para o local, além do embelezamento da área.

 

O projeto de reflorestamento e recuperação de área degradada, nessa região, tem a missão de preservar e manter a Floresta Amazônica, partindo do Estado de Rondônia, um estado que sofre com o grande desmatamento causado pela agropecuária.

 

Bioconstrução

Com as demandas do projeto de reflorestamento sempre crescente fez-se necessário pensar em criar uma base no local e a partir disso surgiu a ideia de, através da bioconstrução, criar uma sede para o projeto com princípios ecológicos e sustentáveis. 

 

 

Dentro dessa proposta o parceiro e voluntário do projeto Terra Cura, Bruno Paz, arquiteto e permacultor desenvolveu o projeto de uma casa que pudesse ser construída usando a matéria prima local, barro, madeiras, palhas, pedras e reutilizando materiais descartados pela construção civil. Depois de um ano (re)colhendo materiais, Bruno Paz e Luana Lopes iniciaram o projeto de bioconstrução, com ajuda de voluntários e mão de obra especializada, no local do reflorestamento decidiram propagar esse conhecimento através do Curso de Bioconstrução que será realizado de 19 a 22 de julho na Jerusalém da Amazônia.

 

 

Os facilitadores do curso serão Bruno Paz e Regina Mourão, arquiteta com experiência em bioconstrução e parceira na realização do curso. O objetivo das atividades é apresentar técnicas de construção com terra que não agridem o meio ambiente. Na parte prática, os participantes irão aprender a erguer paredes de hiperadobe (terra ensacada) e pau a pique. O curso terá aulas práticas e teóricas com abordagem aos conceitos da Bioconstrução/Construção Natural, Arquitetura Orgânica e Bioclimática, técnicas de construção com terra (obra, tintas naturais e manuseio de ferramentas). Além disso, um dos objetivos é também divulgar e fomentar a bioconstrução, mostrar que é viável e que qualquer pessoa pode construir uma casa.

 

 

 

Parcerias e realizações

Ao iniciar o projeto de reflorestamento, Luana e Almira, conheceram outros grupos que atuam com o mesmo objetivo promovendo juntos mutirões de reflorestamento, entre eles: Associação de Moradores do Bairro Triângulo que trabalham no reflorestamento do bairro, localizado às margens do Rio Madeira, que também sofre com a erosão crescente após a construção de uma hidrelétrica.

 

Na Associação de Moradores do Bairro Floresta, da Zona Sul de Porto Velho, onde os voluntários do Projeto Terra Cura plantaram cerca de 20 árvores em parceria com professores, crianças e jovens da comunidade local e ainda na Comunidade Arco Íris, no distrito de Cujubim Grande, que também contou com a parceria dos moradores e foram plantadas 40 árvores frutíferas e dois jardins no local.

 

“Iniciamos o projeto visando recuperar uma área e a ação tomou proporções tão maiores que conseguimos ultrapassar a nossa meta de plantio, envolver mais pessoas e grupos que atuam com reflorestamento, e não pretendemos parar por aí. Nosso próximo passo é envolver a comunidade local no projeto, criando uma horta orgânica, feita pela comunidade e para a comunidade incluindo a escola que existe no local”, reflete Almira Lopes.

 

 

“Iniciei o projeto sem saber nada sobre plantio e reflorestamento, tinha um sonho e ele já era bem real na minha cabeça, de alguma forma sem conhecimento eu sentia que poderia colocá-lo em prática. Foi tudo tão abençoado que as pessoas certas começaram a aparecer, trazendo novas mudas, novas ideias e muita força de vontade e crença de que reflorestar é sim possível. Trabalhamos na construção de uma “Nova Terra”, onde o humano pode viver em harmonia com a natureza, respeitando e zelando suas riquezas. Onde o trabalho coletivo é desempenhado com muito respeito pelas diferenças de cada um”, comenta Luana Lopes.

 

 

“Depois de alguns meses de projeto as pessoas chegavam até mim e diziam: - Tenho visto suas postagens sobre o reflorestamento e isso me inspirou a plantar uma árvore no meu quintal, fazer um jardim na minha calçada, plantar em um terreno que estava baldio... Somos muito gratas ao universo por poder inspirar as pessoas a fazer o bem pra si mesmo, para os irmãos e para o planeta”, finaliza Luana Lopes.

 

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