Os órfãos do AM

Os órfãos do AM

Foto: Divulgação

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Organizar um jornal não é uma missão simples de realizar. Mantê-lo ativo durante cem anos, representa tarefa bem mais difícil do que propriamente a sua fundação. Tal proeza requer muito tato, dinamismo, sutileza, perseverança, reponsabilidade e, acima de tudo, fé (para os que acreditam na existência Divina).

Uma prova dessa assertiva pode ser observada na vida do Alto Madeira, um jornal que nasceu vitorioso, posto que, isento de mazelas que obstruíssem a sua caminha, soube, até hoje, com classe e galhardia, vencer as intempéries do dia a dia, alicerçado na união de uma família laboriosa e coesa. Não é à toa que o AM angariou a admiração e o respeito da população rondoniense.

Mas, como eu disse, não foi fácil chegar até aqui. A obstinação dos irmãos Luiz (já falecido), Euro e Neuza Tourinho, levaram o AM ao galarim de seus melhores triunfos, cuja história de luta se confunde com a da nossa terra e da nossa gente.

O carisma e a dignidade de meu amigo Euro o credenciou a aceitar até mesmo a intolerância dos incompetentes, dos que pescam melhor em águas turvas, sem precisar, contudo, tripudiar sobre a sua dignidade.

O AM tornou-se a manifestação da vontade do povo, um referendo, uma eleição que se realiza a cada dia, que precisou superar muitas barreiras para chegar aonde chegou.

Sua criação, como se sabe, foi marcada pela audácia e pelo idealismo, o início de uma caminhada bem-intencionada que logrou êxito na história dos empreendimentos de Rondônia. Apesar dos golpes implacáveis, impiedosos e, para muitos irresistíveis, os Tourinhos sobreviveram.

Mas, como ensina-nos o livro de Eclesiastes, há um tempo para tudo debaixo dos Céus. E chegou o tempo de o AM nos deixar, o que, sem dúvida, é uma grande parda, sobretudo nesse momento difícil da vida nacional.

Rui Barbosa disse que a imprensa é a vista da Nação. É melancólico reconhecer, mas o rondoniense ficou mais míope sem o AM, um jornal que se notabilizou pela defesa dos interesses desta terra, com apetite por construir. Raros os que, como o AM, puderam dar essa bela lição.

Inútil, portanto, seria tentar ignorar sua importância para esse pedaço do Brasil. O AM deixará uma legião de órfãos, leitores que o revitalizaram e o fizeram seguir em frente até ele dar seu último suspiro, além dos profissionais, na pessoa do mestre Lucio Albuquerque, que, diariamente, lutaram para fazê-lo chegar às mãos de centenas de rondonienses.

Ao meu amigo Euro, que ofereceu toda a sua energia à construção desta terra, por meio das páginas do AM, um forte abraço do humilde colaborador.  

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