Em Porto Velho, capital de Rondônia, e gestão de apenas um mandato do médico e ainda prefeito Mauro Nazif (PSB) irá deixar um gosto amargo para quem acreditou em suas propostas que o levaram a cadeira de chefe do palácio Tancredo Neves.
Foto: Divulgação
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Melhorias na saúde e educação são propostas comuns aos políticos de todas as vertentes ideológicas ou grupos partidários, esses dois pontos são responsáveis por garantir um mínimo de perspectiva de futuro e qualidade de vida aos cidadãos de uma cidade.
Em Porto Velho, capital de Rondônia, e gestão de apenas um mandato do médico e ainda prefeito Mauro Nazif (PSB), irá deixar um gosto amargo para quem acreditou em suas propostas que o levaram a cadeira de chefe do palácio Tancredo Neves.
Como exemplo da forma apática como geriu pontos importantes da saúde e educação na cidade estão duas obras concluídas que não conseguiram ser inaugurada durante os quatros anos de mandato.
Creche do Lagoinha
Durante sua campanha Mauro garantiu que construiria 40 creches em Porto Velho, ao final de seu mandato esse número passou longe, as vagas nas creches são insuficientes e não atendem um número mínimo de famílias que precisam desses serviços.
Mesmo assim no bairro Lagoinha, zona Leste da capital, uma creche que poderia atender uma parcela significativa da comunidade carente da região permanece de portas fechadas mesmo com a conclusão de sua obra.
Com prazo de entrega estipulado para 12 de abril de 2013 a creche que custou R$ 1.175,556,21 (Um milhão, cento e setenta e cinco mil, quinhentos e cinquenta e seis reais e vinte um centavos) e que poderia atender 400 crianças ficou inativa durante o todo o período em que Mauro comandou a cidade. A creche que foi considerada uma das três melhores do pais e que tem padrão de escolha particular, não será entregue este ano.
De acordo com denunciante, que por medo de represália preferiu não se identificar, o motivo da não inauguração do estabelecimento foi um calote aplicado pela prefeitura na empresa construtora, que não recebeu pelos serviços prestados.
Unidade de saúde Três Marias
Com um espaço moderno e bem planejado, o prédio que custou R$ 670.859,98 (Seiscentos e setenta mil, oitocentos e cinquenta e nove reais, e noventa e oito centavos) e que abrigaria uma unidade de saúde que atenderia milhares de moradores da zona Leste de Porto Velho, nunca chegou a abrir as portas à comunidade.
A obra, que foi praticamente concluída ainda na gestão do petista Roberto Sobrinho, apenas precisava de ajustes finais para abrir à população, mas o que aconteceu foi bem diferente, desde que assumiu a prefeitura uma série de imbróglios passou a atrapalhar a inauguração da unidade.
Com o tempo o prédio foi sendo vandalizado, materiais caros como uma cadeira de dentista foram roubados. Lâmpadas, portas, vidros, peças de alumínio, placas de mármore, e outras dezenas de objetos que compunham o acabamento da obra foram furtados por usuários de drogas que vendem os produtos e consumiam o entorpecente na própria unidade abandonada.
Por alguma ironia o prefeito que é médico sairá do comando da cidade sem ter conseguido desafogar a UPA da zona Leste, alvo de diversas denúncias e reclamações de usuários e servidores do local.
Desafio
Com menos de duas semanas para passar o bastão ao tucano Hildon Chaves, Nazif ainda terá de explicar o porquê desses cenários de abandono deixados por sua gestão. O próximo prefeito possivelmente cumprirá uma de suas promessas de campanha que é a realização de uma devassa nas contas do município para descobrir o motivo que causou esses graves problemas.
A verdade é que o ex-promotor vai ter muito trabalho pela frente e após o resultado nas urnas no pleito 2016 já percebeu que o eleitor portovelhense não está com paciência em conceder segundo mandato sem uma boa gestão nos primeiros quatros anos para apresentar em uma possível corrida à reeleição.
Enquanto isso Nazif terá como maior desafio não “sufocar” politicamente após ter sua imagem arranhada com o impedimento nas urnas da continuidade de sua administração. Motivo de vergonha para quem prometeu tanto e fez tão pouco.
* O resultado da enquete não tem caráter científico, é apenas uma pesquisa de opinião pública!