LCP usa crianças e mulheres como escudo humano e hostiliza PM em área invadida

LCP usa crianças e mulheres como escudo humano e hostiliza PM em área invadida

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Foto: Divulgação

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De forma bastante hostil e usando táticas de guerrilha, invasores da LCP (Liga dos Camponeses Pobres) receberam à Polícia Militar na manhã desta terça-feira, dia 14, em um acampamento localizado na área invadida da Fazenda Santa Aline, localizada na Linha 205, distante cerca de 70 Km de Ji-Paraná.

Duas Guarnições do GOE (Grupo de Operações Especiais) e PM’s do Núcleo de Inteligência do 2º BPM, faziam um trabalho de reconhecimento na área quando foram surpreendidos pelo bando. Cobrindo o rosto com camisetas e armados com facas, foices e facões, o grupo composto por homens, mulheres e até crianças, ameaçaram os policiais caso eles prosseguissem o caminho. Para evitar um verdadeiro derramamento de sangue, os Policiais Militares decidiram recuar.

Cerca de 50 famílias estão vivendo em uma área de risco e, principalmente, inapropriada para as crianças. Como o local é bem distante da estrada principal, as crianças não estão indo à escola. Sem contar com qualquer tipo de fiscalização por parte do Conselho Tutelar, os pais acabam se acomodando e empregando os filhos nas tarefas da roça. “Eu entrei no acampamento e vi as crianças comerem carnes estragadas. Como ali não tem energia elétrica, os alimentos apodrecem muito rápido e as crianças acabam comendo aquela comida deteriorada. Lá, as crianças estão aprendendo como lutar contra a Polícia. Isto é o fim dos tempos”, disse um sitiante que mora ao lado dos invasores.

Os invasores prometeram atacar as Guarnições da PM caso continue o patrulhamento naquela região e afirmaram que estão preparados para um possível massacre.

O acampamento está dentro da Fazenda Santa Aline, reintegrada este ano após uma exaustiva briga no Poder Judiciário. Na época, o proprietário da fazenda conseguiu provar que as terras realmente eram dele e, mediante as diversas provas documentais, o magistrado acabou determinando a reintegração imediata da posse. Em cumprimento a ordem judicial e com a intervenção da Polícia Militar, o grupo de sem-terra saiu do local, porém as famílias permaneceram acampadas em uma área próxima, cedida por uma igreja.

Há menos de 20 dias, a sede desta fazenda foi atacada por um grupo armado que se intitulava ser integrantes da LCP. O bando destruiu as casas e atearam fogo em um trator. Alguns funcionários da fazenda foram espancados e uma motocicleta foi roubada.

O Comandante do 2º BPM, Tenente Coronel Paradela, afirmou que as patrulhas rurais continuarão fazendo abordagens naquela região e o policiamento será intensificado.  

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