Fiero rejeita aumento nos juros do FNO
Foto: Divulgação
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A Federação das Indústrias de Rondônia classifica como um erro estratégico a decisão do Governo Federal em elevar as taxas de juros dos Fundos Constitucionais do Norte (FNO), do Nordeste (FNE) e do Centro-Oeste (FCO), que agora passam a 14,12%, praticamente os mesmos juros da taxa Selic arbitrada pelo Banco central. “Esse aumente de juros do Fundos, pelo menos no caso de Rondônia, fere mortalmente a resistência do Estado em se manter afastado do epicentro da crise econômica que já vem causando tantos problemas a estados mais estruturados”, aponta o presidente da Fiero, Marcelo Thomé, conclamando a classe empresarial a se unirem em manifesto contra mais essa “caixa de maldade” do Governo Federal.
Reunidos nesta sexta-feira, o conselho de representantes e diretoria executiva da Federação das Indústrias de Rondônia alinharam-se a outras federações de indústrias em movimento uníssono contra a elevação da carga tributária, seja ele de que natureza for, como a malfadada CPMF, que o Governo trabalha para recriar. O aumento na taxa de juros dos Fundos Constitucionais foi de mais de 70 por cento, inconcebível para o momento em que o Brasil atravessa.
Em Rondônia – cuja base da economia ainda está no agronegócio -, inúmeras pequenas, médias e grandes empresas urbanas dos mais variados ramos nascem impulsionados por empréstimos do FNO. Com o aumento das taxas de juros para financiamento anunciado pelo Conselho Monetário Nacional, essa fonte de recursos fica ainda mais difícil de acessar.
Durante a reunião desta sexta-feira, os sindicatos patronais que integram a Fiero criticaram a falta de sensibilidade do Governo Federal ao tentar adotar medidas para superar a crise. “Até mesmo os burocratas do Banco Central foram mais sensíveis ao manter a taxa Selic em torno de 14 por cento. Aumentar as taxas de juros nesse momento, só vai contribuir para aprofundar a crise”, disse o empresário Edson Carlos, diretor-secretário da Fiero.
* O resultado da enquete não tem caráter científico, é apenas uma pesquisa de opinião pública!