Vítimas do Ano Novo - Por Valdemir Caldas

Da Redação

05 de Janeiro de 2016 às 10:06

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Vítimas do Ano Novo - Por Valdemir Caldas

Foto: Divulgação

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Não foi apenas no interior do Estado que a violência esteve presente na passagem de ano. Ela também deixou sua marca na cidade de Porto Velho. Nem precisa consultar os registros das delegacias especializadas para concluir o que se afirma acima. Roubos, assaltos, assassinatos, agressões físicas e outras modalidades de crime estiveram na ordem do dia na troca do calendário.

A insegurança na capital portovelhense tomou dimensões assustadoras. E olha que a segurança tem sido um dos principais motes das campanhas eleitorais, tanto em nível federal quanto no campo estadual, mas não tem passado do discurso.

Na prática, porém, a realidade é completamente diferente. Buscar soluções para a onda de selvageria que transformou a capital em terra de ninguém, onde quem fala mais alto não é o direito ou a justiça, mas, sim, a boca dos revólveres, não parece compor o mosaico das preocupações das autoridades do setor.

Quando se fala das cadeiras nas calçadas, onde as famílias se reuniam para conversar até altas horas, há quem se abespinhe, chamando isso de saudosismo. Bons tempos aqueles, quando se dormia de janelas abertas para se respirar ar puro. Hoje, algumas casas se transformaram em verdadeiras fortalezas, com grandes, câmeras e alarmes por todos os lados.

Isso, evidentemente, para quem possui recursos, pois a maioria da população não tem dinheiro nem para comprar o pão nosso de cada dia, quanto mais para mandar instalar sistemas de segurança para se proteger da bandidagem, que comete as maiores atrocidades, num ritmo cada vez mais crescente, enquanto minguam as ações e os instrumentos de combate aos facínoras.

Começamos um novo ano e, com ele, as esperanças renovadas de melhores dias para nossa cidade e a nossa gente mais sofrida. Que os responsáveis pela segurança da população incluam em suas pautas de trabalho estratégias eficazes de combate ao crime. Não se quer dizer com isso, extirpar o mal pela raiz, já que o crime é um fenômeno social, mas, pelo menos, fazer com que ele reflua às suas origens mais espúrias.

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