Empresas defendem reajuste de tarifa em reunião com vereadores
Foto: Divulgação
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Os vereadores de Porto Velho conheceram na tarde desta terça-feira (10), a novo modelo que vai ser implantado no sistema de transporte coletivo da capital das duas empresas contratadas de forma direta pela prefeitura da capital.
Adélio Barofaldi, do Grupo Rovema e Paulo Cardoso, da Amazon Tur, representantes das duas empresas escolhidas pelo município, apresentaram para os parlamentares a proposta que pretendem executar quando assumirem o sistema nos próximos sessenta dias.
As duas empresas, Rovema de Porto Velho e Amazon Tur, de Macapá (AP), vão entrar com noventa ônibus cada uma, incluindo micro ônibus, ônibus articulados e carros executivos com ar condicionado.
Ainda pela proposta apresentada, as empresas vão criar três rotas especiais para agilizar o transporte. Uma com atuação exclusiva dos carros articulados, com capacidade para cento e sessenta passageiros, outra para circulação dos micros ônibus e uma terceira para os carros convencionais, que circulam atualmente.
O projeto estratégico das empresas inclui também a contrução de dois terminais urbanos para integração de passageiros. Um seria instalado na Zona Leste e outro na região central. Do total de cento e oitenta ônibus, cento e sessenta circulam e vinte fica de sobreaviso.
O projeto foi apresentando por meio de um vídeo exibido na sala de reuniões para os vereadores e vários jornalistas. Ao final da apresentação, os empresários responderam aos questionamentos dos parlamentares.
Contratação da mão de obra e pagamento de direitos trabalhistas
O vereador Márcio Pacelli (PSB), ex- presidente do SITETUPERON (Sindicato dos Motoristas e Cobradores), quis saber se as novas empresas vão assumir as dividas trabalhistas deixadas pelas atuais e também se todos os trabalhadores do sistema serão reaproveitados.
O empresário Adélio Barofaldi foi prático. Disse que não existe a possibilidade de arcar com a dívida trabalhista e que todos os trabalhadores que apresentarem condições físicas de trabalho terão garantida a migração, mas adiantou que todos serão avaliados por uma junta medica.
Sistema é um “ tiro no escuro”
Ainda falando em relação a “herança maldita” do sistema, Adélio Barolfaldi esclareceu que nem a empresa que ele representa, nem a empresa do Amapá, teriam condições de assumir o prejuízo do sistema.
Ele lembrou que o atual sistema é totalmente é desorganizado e não existem nenhum controle do seu funcionamento.
“Não temos informação nenhuma de como o sistema funciona, quanto arrecada, quantas linhas existem, nada. É um setor totalmente desconhecido. Por isso não há como assumir uma dívida da qual não se sabe o tamanho dela”, observou.
Tarifa atual não permite investimentos
Qualquer investimento que gera gastos para as empresas só vai acontecer caso a tarifa seja reajustada, foi que os empresários deixaram claro durante a reunião. Eles enfatizaram que qualquer investimento, como a compra de ônibus novos para operar na capital, só é possível com o reajuste no preço da tarifa. Sem falar em valores, eles defenderam o aumento no preço da passagem.
* O resultado da enquete não tem caráter científico, é apenas uma pesquisa de opinião pública!