Famílias ameaçadas de despejo cobram permanência na câmara

Famílias ameaçadas de despejo cobram permanência na câmara

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Foto: Divulgação

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A galeria da Câmara de Vereadores de Porto Velho ficou completamente lotada na tarde desta quarta feira (14), durante audiência pública por centenas de moradores que ocupam uma área invadida e estão ameaçadas de despejo.

O debate no legislativo municipal foi provocado por quatro vereadores que “adotaram” a causa e tentam junto á prefeitura, liberar recursos para a aquisição definitiva do terreno ocupado há mais de cinco anos por cerca de mil famílias.

Conhecido como bairro Aparecida, à área está localizada no entorno do canil municipal, região leste da capital. Depois que os supostos donos da área apareceram, a justiça expediu um mandado de reintegração de posse que deveria ter sido cumprido no último dia 4, mas graças a uma liminar expedida pelo desembargador Izaias Fonseca, a retirada dos moradores foi suspensa.

A líder comunitária Maria Aparecida ocupou a tribuna da casa para cobrar uma solução emergencial para a questão, que segundo ela, por causa da incerteza, os moradores perderam a tranquilidade.

“A gente espera que os senhores, eleitos por nós para nos representar, justifiquem a confiança que depositamos e nos amparem nesse momento de grande aflição. Existem mecanismos que podem ser usados para resolve isso, inclusive a aquisição do terreno com a participação nossa, ajudando a comprar”, sugeriu ela.

O advogado Renan Maldonado, que representa as famílias, fez uma explanação técnica e disse que o terreno foi dividido em três lotes, e em um deles, existe uma autorização concedida pela prefeitura ainda em 1986, que garante a permanência das famílias no local.

O coronel Enedy Dias, da Polícia Militar, participou do encontro e garantiu que até o momento, a PM não recebeu nenhuma determinação para atuar numa operação de reintegração de posse.

O deputado Léo Morais (PDT), convidado dos vereadores, defendeu a intermediação do estado na causa e se comprometeu em engrossar a luta em favor das famílias. A audiência pública foi intermediada pelo vereador Everaldo Fogaça (PDT).

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