Moradores de bairro de Porto Velho denunciam obras abandonadas e situação de calamidade - FOTOS

Perseverança, trabalho e paciência, muita paciência, assim vivem os moradores do Bairro Lagoinha, na zona Leste de Porto Velho...

Da Redação

19 de Maio de 2015 às 10:35

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Moradores de bairro de Porto Velho denunciam obras abandonadas e situação de calamidade - FOTOS

Foto: Divulgação

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Perseverança, trabalho e paciência, muita paciência, assim vivem os moradores do Bairro Lagoinha, na zona Leste de Porto Velho, que há anos através da associação dos moradores, representado pelo seu presidente, Edilson Matias, vem tentando conseguir junto a Prefeitura as melhorias que são necessárias e urgentes, e até justifiquem o IPTU que é cobrado da comunidade, pois até o momento do pouco que foi feito, nem obras paliativas favorecem a vida de todos.

Há três meses o secretário de obras do município, Gilson Nazif, esteve presente em uma obra de drenagem na Rua Santana com a Rua Crato, onde foi divulgado pela assessoria de comunicação da Prefeitura que essa era uma obra de emergência e que atenderia a população à contento e naquele trecho do Bairro Lagoinha o problema de retenção de águas causada pela alagação da chuva não ocorreria mais.

Pois é, uma volta pela mesma rua nota-se que tudo foi deixado pela metade ou feito de maneira porca. A alegação é que nesse período de chuva não é possível terminar a obra. Alguns moradores da área então questionaram: “Por que começou então?”

O presidente da associação de moradores, Edilson Matias, disse à reportagem do Rondoniaovivo que a obra mal feita acabou prejudicando moradores e comerciantes do trecho. Coincidentemente quando a reportagem estava no local averiguando a situação um caminhão de lixo passava no local e devido a intransitabilidade da via que fora mexida para a colocação das manilhas e bocas de lobo, não pode realizar o serviço, pois o caminhão não consegue ter acesso.

Os moradores da Rua Santana, no referido trecho, tem que deslocar lixos e entulhos até a esquina para que possam ser recolhidos.

E nas esquinas adjacentes onde foram abertos as “bocas de lobos” para a colocação de manilhas por onde ocorreria a drenagem, permaneceram abertos e uma vala de longa extensão continua aberta com água parada e pútrida. Em época de conscientização institucional para evitar a proliferação do mosquito que transmite a dengue, o trecho é um criadouro em potencial. Alguns moradores construíram tampas improvisadas de madeira para tampar pelo duas dessas "bocas de lobos".

Andando mais um pouco, um longo trecho da Rua Crato, já próximo a Avenida Mamoré, uma extensa área residencial e com comércio a situação é degradante devido a buracos gigantes que tomam conta das vias, alguns se assemelham a lagoas – condizente com o nome do bairro, Lagoinha – e estão impedindo moradores de ter acesso até as suas casas.

- Desde o início da administração do Mauro Nazif estamos requerendo solução para a situação crítica dessa rua. O negócio é tão feio que os moradores se juntaram e abriram uma rua paralela para conseguir sair desse trecho totalmente alagado.

Edilson não aumentou nenhum pouco o que disse à reportagem. Caminhando em um trecho da rua dá para ver que a comunidade conseguiu abriu através de dois terrenos uma via de acesso a outra via, onde tem asfalto, para que os moradores pudessem sair do trecho alagado.

“O povo já deu a ideia de chamar essa via de acesso de Rua Mauro Nazif”, disse Edilson.


Moradores aproveitaram dois terrenos...	... para abrir uma via improvisada de acesso até a rua asfaltada

MELHORIAS

Na tour que o presidente da associação conduziu a reportagem, a ciclovia que se refere ao trecho do Bairro Lagoinha, na Avenida Mamoré, tem uma parte onde uma caixa de esgoto além de estar sem a tampa, parte da pista cedeu para dentro do buraco. Como o local não tem luminosidade, vez ou outra aparece alguma vítima de queda.


Ciclovia na Avenida Mamoré deteriorada...	... causando risco à comunidade que precisa utilizá-la

O Park Ceará, obra custeada ainda na administração do ex prefeito Roberto Sobrinho, continua abandona, entregue aos ratos e baratas, com mato alto, muita lama, dezenas de poças com água parada, um verdadeiro criadouro de insetos transmissores da dengue e malária. A situação é tão absurda que o cômodo que fica ao fundo das quadras, tomadas pelo mato, um cômodo abandonado mantém uma família que ali encontrou refúgio.

Em menos de dois anos o Rondoniaovivo vem ao local conferir as projeções de promessas de campanha de Mauro Nazif, que segundo Edison, no período eleitoral foram muitas quando a comitiva e o próprio prefeito, então candidato, se comprometeu em pavimentar, realizar obras de drenagem e revitalizar a área de lazer do Bairro – Park Ceará. Quase tudo continua do mesmo jeito.

A Unidade Básica de Saúde Três Marias que fica na Rua Daniela continua do mesmo jeito de sempre, abandonada, com vidros quebrados, depredada e esquecida. Onde ficam dois vigilantes trocando turnos para manter a segurança do local, sendo que ali é o ponto mais escuro de todo o Bairro. Iluminação zero naquele perímetro. A comunidade ainda aguarda a promessa da Semusa de que aquela unidade vai ser equipada, restabelecida e concluída. A abrangência de atendimento no setor é de que pelo menos 2.000 famílias sejam beneficiadas.

A unidade custou aos cofres públicos o valor de R$ 670.859,98 (seiscentos e setenta mil, oitocentos e cinquenta e nove reais e noventa e oito centavos) ainda no período da administração de Roberto Sobrinho e até hoje não foi inaugurado.

É comum, no entanto, a comunidade ficar aguardando a promessa dos “60 dias” feita pelo responsável do setor de engenharia da Semusa, Josafá Marreiro, no final de 2014, quando relatou que a secretaria já havia comprado equipamento e reformado o local.


A Unidade Básica de Saúde Três Marias ainda aguarda...	... ser inaugurada. Por enquanto, só abandono

CRECHE

Um ponto dentro da atual administração é a conclusão da obra da creche, uma Unidade Escolar de Educação Infantil, que fica a 100 metros da unidade de saúde abandonada, na Rua Daniela. As obras da escola, tipo B padrão do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), haviam sido embargadas há quase dois anos para ajuste no realinhamento nos preços.

Atualmente as obras prosseguem a toque de caixa, com a mesma empresa que a iniciou, a Matriz Construções Ltda. Vale ressaltar que a creche foi orçada com verba federal, do PAC, e parte do município, com o valor de R$ 1.175.556, 21 (um milhão, cento e setenta e cinco mil e quinhentos e cinquenta e seis reais e vinte centavos).

Em contato com o mestre de obras da instituição, a obra deve ser entregue em dois meses. Edilson disse que a conclusão da creche e na atividade deve atender cerca de 300 crianças do setor.


A Unidade Escolar de Educação Infantil...	... teve suas obras reiniciadas...	... e deve ser entregue em dois meses

Edilson Matias concluiu dizendo que já está agendado um encontro com o prefeito Mauro Nazif para reforçar as necessidades do Bairro Lagoinha e que se faça as obras prometidas, iniciadas para facilitar a vida da comunidade, pois no atual momento de promessas não cumpridas e esperado um posicionamento sério e um calendário de obras.

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