Documentos que resistem à ação do tempo na biblioteca de Porto Velho

Documentos que resistem à ação do tempo na biblioteca de Porto Velho

Documentos que resistem à ação do tempo na biblioteca de Porto Velho

Foto: Divulgação

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No artigo a seguir, o estudante de Jornalismo da Faculdade Uniron,  Jackson Vicente, dá relevância à história de Porto Velho contada por pioneiros da Imprensa que “se criaram” em jornais como O Guaporé e o Alto Madeira, destacando que esses registros se tornaram verdadeiros documentos, e que muitos deles se encontram hoje numa pequena sala da Biblioteca Municipal Francisco Meireles, sofrendo a ação do tempo.


O acadêmico concorda que uma história não pode ser esquecida, no entanto observa que muitos de seus fragmentos podem ser perdidos com o tempo. “São os detalhes da história, contados por pessoas que estavam lá para ver e ouvir, que fazem a história mais interessante, mais rica e melhor contada”. O artigo foi escrito após o primeiro encontro entre o estudante e o acervo mantido na Biblioteca Municipal. Boa leitura!

A notícia virou história! 

O início da cidade de Porto Velho não pode ser esquecido, pois foi contado por uma imprensa da época que mais parecia genitores num misto de alegria e entusiasmo ao vivenciar os primeiros passos de um filho. Assim, a história foi sendo registrada, de forma simples e factual, nos servindo como rica fonte e transformada em história oficial da criação da nossa cidade.

A notícia virou história! Realmente os jornais pioneiros são verdadeiros “documentos civis” – termo este que se encaixa bem, considerando a importância e valor que os registros antigos têm para manter a história de Porto Velho, podendo ser recontada ou contada de novas e diferentes formas.

Nesse contexto podemos destacar os jornais O Guaporé e o Alto Madeira, onde “se criaram” pessoas que se consideram como “minhocas dessa Terra”, pois falam do que viram com os próprios olhos, e tiveram o privilégio de viver e relatar os mais variados momentos e situações históricas, tristes, alegres; bons, ruins..., inclusive situações inusitadas.

Para ter acesso à história contada pelos pioneiros, uma das portas pode ser a Biblioteca Municipal Francisco Meireles, que atua como ‘protetora’ de uma parte importante da história porto-velhense. Nesse sentido, possui uma pequena sala, pouco cômoda, que concentra diversos antigos. Pelo menos mantêm uma climatização segura para evitar maior concentração de poeiras e ácaros nos impressos.

Naquela sala, estão eles: verdadeiros tesouros da história, que, mesmo amarelados e fragilizados pelo tempo, e remendados com fitas adesivas, encantam os olhos de quem leem, pois promovem uma viagem aos primeiros momentos da história de Porto Velho contados por pessoas que estavam lá.

No acervo da Biblioteca é possível encontrar uma edição de O Guaporé (já extinto) datada de 1975 - período que Rondônia era Território Federal do Guaporé. Também são encontrados importantes registros em edições históricas de O Alto Madeira (ainda ativo), que trazem informações locais da época, como também assuntos nacionais, sempre dando maior ênfase às questões políticas.

A notícia que virou história não termina por esses dois pioneiros. A Biblioteca ainda guarda uma única edição do raríssimo jornal O Norte do Mato-Grosso, que seria o primeiro jornal de Rondônia, mas há controversas a respeito de sua catalogação. Este periódico também se encontra em estado critico, pela ação do tempo.

Sem dúvidas, aquela pequena sala da Biblioteca Municipal Francisco Meireles abriga incalculáveis tesouros da história, não apenas de Porto Velho, como também do Ex-Território Federal e do novo Estado. Por tal importância, o uso da tecnologia para a preservação seria indispensável e necessário, como a digitalização dos noticiosos que hoje se tornaram documentos históricos, ou podemos dizer “documentos civis”.

Assim, os antigos, frágeis, amarelados e remendados, mas guardados com o respeito em honra na Biblioteca, poderiam atrair, talvez, a outros grupos da sociedade, além de uma pequena parcela de acadêmicos e pesquisadores. E facilitaria o trabalho de jovens estudantes na busca por informações no cumprimento de requisito escolar.

A história que se preserva naqueles jornais, é a história que não se repetirá jamais. Uma história que não pode ser esquecida, mas que muitos de seus fragmentos podem ser perdidos com o tempo. E são os detalhes da história, contados por pessoas que estavam lá para ver e ouvir, que fazem a história mais interessante, mais rica e melhor contada. Assim, a notícia virou história.

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