Defensoria Pública empossa sete defensores públicos substitutos

Os sete defensores públicos irão atuar nas comarcas onde não tem a presença da Defensoria Pública.

Defensoria Pública empossa sete defensores públicos substitutos

Foto: Divulgação

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Durante a solenidade de posse de sete defensores públicos substitutos, realizada na manhã desta quinta-feira, 25, no auditório do Senac, em Porto Velho, o defensor Público-geral do Estado, Antonio Fontoura Coimbra, destacou o investimentos na área da tecnologia da informação que a administração superior vem realizando com o objetivo de dar maior suporte ao defensor público, e celeridade ao atendimento.

 “Nunca se investiu tanto nessa área como na atual administração”, observou, acrescentando que o sistema será interligado para que o defensor público, mesmo estando no interior, tenha acesso às informações por meio da rede interna. Ele citou ainda as aquisições que foram feitas de notebooks para serem utilizados pelos membros, e também os veículos adquiridos.

Os sete defensores públicos empossados irão atuar nas comarcas que ainda não contam com o trabalho do defensor público. São 24 comarcas, sendo que dez não possuem defensor público atuando.

Com a entrada dos novos, a Defensoria Pública contará com 64 membros, mesmo assim ainda faltam 78 profissionais para completar os 144 cargos de defensor público existentes. No último concurso realizado pela instituição foram aprovados 67 candidatos – desses, a administração já nomeou 44 (incluindo os empossados). Os 23 restantes dependem do orçamento para serem nomeados.

O diretor para assuntos institucionais da Escola Nacional dos Defensores Públicos (Enadep), Evenin Àvila, afirmou em seu discurso que o sistema de Justiça brasileiro carece de sensibilidade e humanização. “Isso não se compra em supermercado”, disse.

Segundo ele, os defensores públicos empossados precisam conhecer a realidade de quem mora na favela, que não tem água encanada, de quem não tem farinha em casa para comer. “Não me refiro ao arroz, mas simplesmente a farinha”, frisou. “Esse é o nosso público. São eles que necessitam de nossos serviços”, completou.

Os objetivos sociais da Defensoria Pública também foram destacados pelo presidente da Associação Nacional dos Defensores Públicos, André Vilas Boas.

“Nós defendemos os donos de nada, os filhos de ninguém - aqueles que já sentam no banco dos réus  aguardando por sua condenação, pois a vida os ensinou que  ao pobre cabe unicamente à condenação” , declarou. Para ele, é preciso mudar essa realidade.

Ele enfatizou ainda que a missão dos defensores públicos é potencializada  quando se leva em conta que “vivemos em um país de analfabetos”. Para ele, a atitude do defensor público influi decisivamente na qualidade de vida da população vulnerável.

Prestigiaram a solenidade, representantes do Ministério Público, Judiciário e Defensoria Pública da União (DPU).

 

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