A 33ª Edição do tradicional “Arraial flor do Maracujá”, que teve início na última sexta-feira (29), em um espaço público localizado no Bairro Teixeirão, setor Leste de Porto Velho, está deixando os frequentadores do evento com medo de que algum acidente ocorra durante a realização.
Os riscos de possíveis acidentes são iminentes, no local é fácil encontrar inúmeras ligações clandestinas, os chamados “gatos”, que são feitos por ambulantes e até mesmo pela organização da festa, para ligar som e iluminação. Outro risco que foi constatado é a estrutura do camarote, que apresentou “barrigas” na madeira utilizada como "piso", devido ao grande número de pessoas que se abrigam para prestigiar o evento. Embaixo do camarote, dezenas de pessoas, entre elas profissionais de imprensa se aglomeram para assistir os grupos que se apresentam no “curral” (pista de apresentação).
No local também foi constatado que não há nenhum extintor de incêndio ou até mesmo a presença de brigadistas, para evitar um possível incêndio, devido a show pirotécnicos que são feitos pelos grupos no momento que dançam.
A equipe de reportagem do Rondoniaovivo.com entrou em contato com o setor de vistorias do Corpo de Bombeiros e expôs fotos do “Flor do Maracujá” ao Tenente Andrade, responsável pelo setor, que se mostrou assustado com a situação. Segundo Andrade há grande possibilidade do evento ser cancelados se problemas apontados não forem solucionados pela organização da festa.
Ainda de acordo com o responsável pelo setor do Corpo de Bombeiros, na tarde desta terça-feira (2) será feita uma vistoria em toda área do evento, pois na tarde de ontem (01) acabou tendo parte da estrutura de cobertura do camarote danificada em decorrência de ventos fortes acompanhados da forte chuva que caiu na capital.
O tenente ainda deixou claro que o engenheiro contratado pela direção do evento terá que apresentar o laudo de segurança do camarote e arquibancada. A Eletrobrás será comunicada sobre as ligações clandestinas, “gatos”, e será pedido providências.
APRESENTAÇÕES
Durante as apresentações dos grupos folclóricos há muito descontentamento por parte dos quadrilheiros e público presente devido à precariedade no som. “Há muitas falhas o som e um trabalho de ensaios e evolução, que fazemos durante boa parte do ano fica comprometido por incompetência alheia”, ressaltou um brincante de um dos grupos indignado.