Ações preventivas são implementadas para o enfrentamento a acidentes
Foto: Divulgação
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O estado de calamidade pública em Porto Velho expirou no dia 26 de agosto e os efeitos da enchente histórica do rio Madeira ainda são sentidos em diversas regiões do município. Não se descarta a possibilidade de que o rio tenha sofrido um processo de assoreamento e que isso possa resultar em nova enchente. De acordo com o secretário municipal de Planejamento (Sempla), Jorge Elarrat, não há meios com que se possa afirmar ou negar o advento de uma nova cheia, assim, a Prefeitura procura estar preparada para prestar socorro e assistência a possíveis vítimas.
Segundo Elarrat, é possível que exista um assoreamento do rio Madeira, no entanto, não há estudos conclusivos sobre o assunto. “Em vista da quantidade de sedimentos observados do lado de fora do leito do rio, é plausível a observação de que também possa estar assim dentro dele. É possível que a calha esteja mais rasa, de forma que a quantidade de água se apresente num nível mais elevado do que o esperado para esta época do ano, mas ainda aguardamos estudos mais esclarecedores”, disse o secretário.
Apesar de mais alta do que em outros anos, a cota do mês de agosto não permite concluir que em janeiro de 2015 haverá enchente. Na prática, segundo observou o secretário da Sempla, em outros anos já aconteceu do rio apresentar cotas de 6 metros nessa época do ano, mas isso não resultou em enchente no mês de janeiro. O contrário também já ocorreu, ou seja, grandes cotas em agosto preanunciaram enchentes no inverno. “A cota não é um indicador seguro e precisamos considerar que o presente ano tem se manifestado atípico, o que não ajuda a antecipar o comportamento da natureza para o próximo inverno. Em quase todas as regiões brasileiras ocorreram problemas climáticos. Neste ano, onde não houve enchentes secas terríveis aconteceram”, afirmou.
Independentemente do comportamento do rio para o próximo inverno, o município está tomando algumas providências. Entre as ações, há medidas preventivas para as áreas de socorro e assistência, mas há também o municiamento de informações técnicas sobre os acontecimentos. A Sempla tem solicitado constantemente a apresentação de laudos técnicos por parte de órgãos como CPRM e Sipam. “Trata-se de acompanhar o comportamento das chuvas na região, realizar exames de eco-batimento do fundo do rio para verificar o perfil de profundidade, enfim, trata-se de adquirir as informações necessárias, pois os documentos expedidos por esses órgãos é que norteiam as nossas atividades, de forma que estamos procurando caminhar de acordo com os laudos técnicos apresentados por eles”, esclareceu Elarrat.
Como ações preventivas, estão sendo preparadas visitas a residências para efetivar o recadastramento de famílias que moram em áreas de risco. Estão sendo realizados registros de preços para aquisição de EPIs, a fim de que as equipes trabalhem devidamente aparelhadas. Também estão sendo providenciadas atas de registros de preços para aluguéis de barcos e de locais para a guarda de mantimentos. Cinco áreas estão sendo observadas para serem utilizadas de forma escalonada, de acordo com a intensidade dos acontecimentos e das necessidades, um dos locais deve ser reservado exclusivamente para a guarda do mobiliário de pessoas retiradas de suas residências. Outras medidas tomadas se referem a antecipação de documentações necessárias para a informação do quantitativo de pessoal que poderá ser chamado das Forças Armadas, do Corpo de Bombeiros e de outras instituições que possam auxiliar a defesa civil. Para a aquisição de água mineral e de cestas básicas, já estão sendo feitos registros de preços antecipados, a fim de que se possa dar pronto atendimento às necessidades da população. “Além disso, algo que está sendo estudado é a aquisição de um cartão identificador das famílias atingidas. Esse cartão com código de barras deve ser o documento indicador de que uma família está entre os atingidos. Dessa forma, tudo poderá ficar registrado num código único. Então, para a área de prevenção, socorro e assistência, essas são algumas das medidas que já estão sendo providenciadas desde agora”, finalizou Elarrat.
* O resultado da enquete não tem caráter científico, é apenas uma pesquisa de opinião pública!