Acaba a Copa do Mundo e merecidamente a Alemanha, ao vencer a Argentina por 1 X 0, se sagra tetracampeã mundial de futebol. Uma injustiça, pois devia ser hepta ou octacampeã por causa da organização, da disciplina e também pelo esforço desse país.
Foto: Divulgação
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Acaba a Copa do Mundo e merecidamente a Alemanha, ao vencer a Argentina por 1 X 0, se sagra tetracampeã mundial de futebol. Uma injustiça, pois devia ser hepta ou octacampeã por causa da organização, da disciplina e também pelo esforço desse país. Eu conheço a Alemanha e sei do que estou falando. Humildes, os germânicos já haviam conquistado fora de campo os corações de muitos brasileiros e nos deram uma lição de respeito em todos os itens. Como ninguém, fizeram jus ao “Schadenfreude”, como eles chamam a alegria que se sente com o infortúnio alheio. Só que desde pequenos são ensinados a ter vergonha dessa situação. E contra os fracassados anfitriões mostraram ao mundo a sua superioridade em termos de fraternidade e respeito humano. Fizeram-nos entender que a competência deve sempre vencer a mediocridade.
E fomos medíocres, pois não perdemos somente para a Alemanha e Holanda, perdemos para nós mesmos. As nossas humilhantes derrotas foram o reflexo da habitual falta de organização, disciplina e planejamento dos nossos dirigentes. O time brasileiro que entrou em campo nas duas partidas nunca antes tinha jogado junto, já o time alemão fazia pelo menos sete anos que treinava e jogava entrosado. A nossa seleção é uma espécie de “pega na rua” e tem jogadores de tudo quanto é país e região, enquanto a base alemã, por exemplo, são apenas dois grandes clubes dentro da própria Alemanha: o Bayern de Munique e o Borussia Dortmund. Nunca se ouviu falar do “jeitinho” alemão ou holandês e como o futebol há muito tempo trocou o individualismo em campo pelo espírito de equipe, percebe-se porque não somos mais potência neste esporte.
Além do mais, grande parte dos torcedores brasileiros se comporta como idiota e se deixa levar facilmente pelo ufanismo oco e fantasioso da mídia. Galvão Bueno da Rede Globo, dentre outros, “fez a cabeça” dos milhões de otários com suas firulas ridículas e cretinas. O povão, manipulado pelas circunstâncias, pintou suas casas, carros e ruas de verde e amarelo e não se via outra coisa que não estivesse vinculada à Copa e aos seus heróis de mentirinha. O amor ao país, o patriotismo exagerado e o civismo são representados pelas chuteiras. A idolatria absurda é a tônica e quase ninguém aceita crítica aos seus amados jogadores. Neste espaço mesmo, quantos leitores meus não me ridicularizaram e me censuraram por que eu criticava com veemência a nossa fraca seleção desde os primeiros jogos? Eu nunca acreditei em jogadores chorões e fracos.
Eu já havia advertido que enquanto jogava contra equipes “pequenas”, o Brasil fazia o “maior piseiro”. Só que a casa caiu e veio o vexame e a dura realidade quando os adversários foram ficando mais fortes. O quarto lugar nesta Copa foi “um achado” para a nossa seleção, pois a Colômbia ficou numa posição inferior a nós, mesmo tendo feito mais pontos na competição: 12 contra 11. França, Costa Rica e Bélgica também foram muito superiores e mostraram um futebol bem melhor do que o nosso. Se brincar, não vamos para a Rússia na próxima Copa. Se nada mudar, cairemos já nas próximas eliminatórias. Nada mais justo do que entregar o troféu a quem foi e é superior em tudo. Os alemães não têm um PT, uma Dilma, um Mauro Nazif, os políticos canalhas e muito menos um povo estúpido e cego como o nosso. Por tudo isso, “sinceros parabéns, Alemanha!” Mais do que ninguém você mereceu essa vitória. A taça está em boas mãos.
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