Nova Mamoré também foi afetada pela enchente e enfrenta dificuldades
Foto: Divulgação
Receba todas as notícias gratuitamente no WhatsApp do Rondoniaovivo.com.
Nova Mamoré fica localizada entre o distrito do Araras e o município de Guajará-Mirim, na BR-425. A estrada, além do alagamento na região do Araras, também teve vários outros pontos completamente tomadas pela água, impedindo ou dificultando o acesso de mercadorias e o escoamento de produtos à região.
A cidade sofreu com o isolamento, o que quase desabasteceu supermercados e restaurantes, provocando também o aumento nos preços dos combustíveis que chegou a custar mais de R$ 3,50 o litro da gasolina comum.
O abastecimento de água foi prejudicado na cidade, tendo ficado parado por três dias, devido o alagamento na área de captação de água. Mas segundo Adiel do Nascimento, servidor da Caerd, “agimos rápido, e colocamos a bomba de captação em um flutuante”. Ela informou também que a fiação foi mudada, o quadro de energia levantado.
A Estação de Tratamento de Esgoto (ETA) chegou a ficar 1,5 metros debaixo d´água, pois o rio Laje, onde a água é captada, subiu 2,5 metros acima. “Até a BR que passa aqui ao lado foi levantada, e mesmo assim a água ficou acima. Foi muita água. Nunca tinha visto isso antes”.
Em outro ponto da cidade, o vice-diretor da Escola Estadual Salomão Silva, professor Otonelson, disse que as aulas não foram interrompidas durante o período da cheia, mas “muitos alunos não conseguiram chegar a escola pois os ônibus não cruzavam nas linhas”.
Para estes cerca de 50 alunos o conselho de professores está “preparando atividades especiais de recuperação para que não sejam prejudicados, nem percam o ano letivo”. Quanto a merenda escolar no período crítico da enchente, “eles eram substituídos no cardápio, mas nunca faltou alimentação aos alunos”.
O professor também pediu a climatização na escola, tendo em vista que já foi providenciada e instalada a subestação de energia, que, segundo ele, é uma das reivindicações dos pais dos alunos.
Em contato com a secretaria estadual de educação, o secretário Emerson Castro informou que esta aquisição já está na programação da secretaria, e que agora “Estamos aguardando um repasse do governo federal que deve ocorrer até junho no máximo. Quando então aderiremos a uma ata já existente para aquisição”
Já no distrito de Nova Dimensão (distante cerca de 80 km de Nova Mamoré), o desabastecimento foi muito grande segundo o proprietário de uma casa rural, o comerciante “Zezinho”. Segundo ele faltou sal mineral, sal branco, milho e ração. “a estrada parque foi a salvação da região”.
A mercadoria para abastecer a região vem normalmente por Nova Mamoré, passando por Jacy-Paraná, mas devido aos alagamentos da BR isso se tornou impossível. “As vacinas para a campanha da febre aftosa fui buscar em Ji-Paraná, de caminhonete, usando a estrada parque”.
Também na localidade está localizado um laticínio que produz queijo muçarela, que é distribuído em todo o estado. O senhor Josué Bastos, sócio proprietário do Tradilac, diz que processam cerca de 20 mil litros de leite/dia, que são entregues por produtores da região em sete linhas e Nova Mamoré.
Segundo ele, o laticínio só parou durante sete dias quando ocorreu a greve e paralisação pela abertura da estrada parque. “Nestes dias a produção caiu mais de 30%, mas agora já estamos voltando ao normal”.
* O resultado da enquete não tem caráter científico, é apenas uma pesquisa de opinião pública!