Caso o preço da cesta básica não sofresse o repentino aumento de R$ 23,82, a prefeitura poderia ter economizado um total de R$ 238.200,00. Dinheiro esse que poderia também ser aplicado para realojar esses desabrigados em áreas seguras dentro da cidade.
Foto: Divulgação
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Uma majoração de preço no mínimo curiosa deve levar o prefeito de Porto Velho, Mauro Nazif, a prestar esclarecimentos na Câmara de Vereadores da capital rondoniense nos próximos dias para prestar esclarecimentos sobre como sua equipe está aplicando o dinheiro emergencial para atender as vitimas da cheia do rio Madeira. O Ministério Público também já foi provocado e deve abrir procedimento investigatório.
Empenhos da prefeitura de Porto Velho em poder da reportagem mostram um aumento de valor significativo no preço das cestas básicas da noite para o dia.
Segundo os números, antes de ser declarado estado de emergência, a cesta básica comprada pela prefeitura custava o valor de R$ 55,18 reais, porém, da noite para o dia, como em um passe de mágica, a cesta básica subiu para o valor de R$ 79,00 reais, ou seja, em um espaço de tempo de 24 horas, o valor da cesta aumentou em R$ 23,82 reais.
De acordo com o empenho de numero 001040/2014 do Fundo Municipal de Assistência Social, coordenado pela SEMAS (Secretaria Municipal de Ação Social), no último dia 18 de fevereiro de 2014, a Prefeitura de Porto Velho adquiriu mil e duzentas cestas básicas, cada uma pelo valor R$ 55,18 reais, somando um total de R$ 66.216,00 reais aos cofres públicos.
Já no dia 19 de fevereiro, com o município tendo declarado estado de emergência, outro empenho público de numero 001121/2014 da Coordenadoria Municipal da Defesa Civil, aponta que a prefeitura de Porto Velho adquiriu dez mil cestas básicas para os desabrigados do rio Madeira ao valor de R$ 79,00 reais a unidade, empenho no valor de R$ 790.000,00 reais.
Vale lembrar que a suspeita em relação à esse último empenho aumenta, pois diferente do primeiro que especifica 21 itens na cesta básica, esse sequer indica a quantidade de itens na cesta, uma vez que em situação de emergência não é necessário
Contrariando todas as lógicas de mercado, onde quem compra mais quantidade de um produto paga menos na soma total, a prefeitura de Porto Velho ao que tudo indica comprou um produto com preços inflacionados em menos de 24 horas.
Caso o preço da cesta básica não sofresse o repentino aumento de R$ 23,82, a prefeitura poderia ter economizado um total de R$ 238.200,00. Dinheiro esse que poderia também ser aplicado para realojar esses desabrigados em áreas seguras dentro da cidade.
* O resultado da enquete não tem caráter científico, é apenas uma pesquisa de opinião pública!