Greve chega ao 12º dia e intransigência dos bancos afeta duramente população

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Foto: Divulgação

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A greve dos bancários completou doze dias nesta segunda-feira, 30/9, e em todo o país a população começa a sentir os transtornos da paralisação que é culpa exclusiva dos banqueiros que, numa postura de eterna intransigência, ainda não se manifestaram para sequer requerer uma nova rodada de negociação com o Comando Nacional, coordenado pela Contraf-CUT.
Até a noite da última sexta-feira, 27, os bancários já haviam fechado 10.633 agências e centros administrativos de bancos públicos e privados nos 26 estados e no Distrito Federal. Em Rondônia o número de agências fechadas é de 105, um percentual de mais de 80% de adesão ao movimento. E mais trabalhadores estão aderindo, a exemplo de alguns comissionados que começam a cruzar os braços e irem para a frente das agências protestar.
Enquanto os bancos não sinalizam para negociar com os grevistas, a população começa a se sentir abandonada e lotam as casas lotéricas e terminais de autoatendimento, mas ainda assim mostram revolta com a inércia dos bancos, pois até mesmo os sistemas dos caixas eletrônicos começam a apresentar falhas e barreiras.
“O Comando Nacional já reafirmou à Fenaban sua disposição de negociar, mas os banqueiros continuam silenciosos, sem se manifestar. Ora, isso prova que são eles que promovem o tempo da greve, que já é mais demorada que a do ano passada e pode ser até mais demorada que a de 2011, infelizmente”, avaliou José Pinheiro, presidente do Sindicato dos Bancários e Trabalhadores do Ramo Financeiro de Rondônia (SEEB-RO).
Os bancários reivindicam aumento real de salário, valorização do piso, melhoria da PLR, mais contratações, fim da rotatividade e das terceirizações, melhores condições de trabalho com fim das metas abusivas, mais segurança e igualdade de oportunidades.
“A greve nacional é culpa dos presidentes da Fenaban (Murilo Portugal), do Itaú (Roberto Setúbal), do Bradesco (Luiz Carlos Trabuco), do Banco do Brasil (Aldemir Bendine), da Caixa Econômica Federal (Jorge Hereda), do Santander (Jesús Zabalza) e do HSBC (André Brandão)”, acrescentou Pinheiro.
Em Porto Velho os dirigentes sindicais foram às agências protestar contra a postura de alguns gestores que continuam furando a greve, a exemplo do que acontece na agência Caiari, situada na rua José Vieira Caúla, zona Leste. Bancários usaram nariz de palhaço e portaram cartazes em crítica à postura de peleguismo de gerentes.
Já no Itaú os sindicalistas receberam informação de que os bancários estão sendo molestados por gestores, que ligam para os empregados até mesmo de madrugada exigindo que entrem na agência antes que os grevistas apareçam.
“É mais uma afronta aos direitos dos trabalhadores e à lei 7.783/89, a Lei de Greve, sem falar que isso é uma forma de assédio moral e prática antissindical, o que vamos, certamente, combater com firmeza denunciando às autoridades”, concluiu.
 
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