Pesquisa aponta 30 mortes em assaltos envolvendo bancos no 1º semestre

Pesquisa aponta 30 mortes em assaltos envolvendo bancos no 1º semestre

Pesquisa aponta 30 mortes em assaltos envolvendo bancos no 1º semestre

Foto: Divulgação

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Uma nova pesquisa nacional revela que 30 pessoas foram assassinadas em assaltos dentro e fora dos bancos no primeiro semestre de 2013, uma média de cinco vítimas fatais por mês, o que representa aumentos de 11,1% em relação aos seis primeiros meses de 2012, quando foram registradas 27 mortes, e de 30,4% em comparação a igual período de 2011, que teve 23 mortes. O levantamento foi feito pela Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) e Confederação Nacional dos Vigilantes (CNTV), com base em notícias da imprensa e apoio técnico do Dieese.

A pesquisa foi apresentada no último final de semana, durante a 15ª Conferência Nacional dos Bancários, realizada em São Paulo, com mais de 600 participantes e que definiu a pauta de reivindicações da Campanha Nacional dos Bancários 2013.

 

Os estados que lideram o número de mortos são São Paulo (14), Rio de Janeiro (5), Bahia (3) e Rio Grande do Sul (3). A principal ocorrência (60%) foi novamente o crime de "saidinha de banco", que provocou 18 mortes. Já os clientes foram outra vez a maioria das vítimas (21), seguido dos vigilantes (4). Um gerente do Banco do Brasil foi morto no Piauí.

 

Para a Contraf-CUT e a CNTV, essas mortes comprovam, sobretudo, a escassez de investimentos dos bancos na melhoria da segurança. Segundo dados do Dieese, os seis maiores bancos (Itaú, BB, Bradesco, Caixa, Santander e HSBC) obtiveram lucros de R$ 51,4 bilhões em 2012. Já as despesas com segurança e vigilância somaram R$ 3,1 bilhões no mesmo período, o que significa 6,1%, em média, na comparação com os lucros.

 

Em Rondônia não houve nenhuma morte registrada pela pesquisa, que teve seu primeiro levantamento em 2010. Ainda assim, o número de ocorrências das conhecidas saidinhas de banco, explosão de caixas eletrônicos em bancos, lojas e supermercados e, principalmente, assaltos à agências com utilização de reféns preocupa os dirigentes do Sindicato dos Bancários e Trabalhadores do Ramo Financeiro de Rondônia (SEEB/RO).

 

“Temos que destacar que Rondônia novamente não se inclui nesta pesquisa que mostra as vítimas fatais a nível nacional. No entanto, ainda questionamos a falta de sensibilidade por parte dos bancos que continuam negligenciando as leis federais, estaduais e municipais que tratam da segurança bancária. Iniciativas como a instalação de biombos, por exemplo, poderiam diminuir e muito casos como os da saidinha de banco, já que as transações financeiras não estariam sendo feitas aos olhos dos criminosos e seus comparsas”, avaliou o presidente do SEEB/RO, José Pinheiro.

 

Para Carlos Cordeiro, presidente da Contraf-CUT, estes números apontam a negligência dos bancos na proteção da vida de trabalhadores e clientes, bem como mostram a fragilidade da segurança pública, pois faltam mais policiais e viaturas nas ruas e ações de inteligência para evitar ações criminosas", avalia o presidente da Contraf-CUT, Carlos Cordeiro.

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