Barco-escola leva qualificação profissional à jovens ribeirinhos

Barco-escola leva qualificação profissional à jovens ribeirinhos

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Foto: Divulgação

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O barco-escola Samaúma, que semeia conhecimento na imensidão amazônica, aportou pela primeira vez em águas rondonienses. Durante um mês, a unidade de ensino fluvial levou qualificação profissional a jovens e trabalhadores do distrito de Nazaré, a 100 quilômetros de Porto Velho e 14 comunidades do entorno, que enfrentam dificuldade de acesso aos meios tradicionais de educação. A embarcação, com sua tripulação de professores e instrutores, chegou ao local em 30 de maio.

A aula inaugural festiva foi realizada no dia 4 de junho, com a presença do governador Confúcio Moura, dos secretários Isabel Luz (Educação) e Emerson Castro (Desenvolvimento Econômico e Social) e de representantes da Confederação Nacional da Indústria (CNI), da Federação das Indústrias do Estado de Rondônia (Fiero) e do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai),

Criado pelo Serviço de Aprendizagem Industrial do Amazonas (Senai-AM), o barco é adaptado para funcionar como escola e oficina de técnicas industriais, com equipamentos modernos. A embarcação foi cedida pelo presidente da Federação das Indústrias do Estado do Amazonas, Antônio Silva, para atender solicitação da Fiero e do governador rondoniense Confúcio Moura.

A tripulação é composta de dez professores e sua estrutura se distribui em três conveses, onde estão instaladas oficinas de marcenaria, panificação e confeitaria, mecânica de motores de popa e marítimos, além das salas de aulas tradicionais e de Informática. Há 34 anos o Samaúma leva educação de qualidade em cursos profissionalizantes para as comunidades ribeirinhas isoladas. O barco fica normalmente dois meses ancorado em cada lugar, fechando um ciclo de cinco municípios visitados a cada ano.

Dos 62 municípios do Amazonas, apenas sete têm acesso por terra. Em todos os demais, só se chega por rio ou de avião. Desde sua inauguração, em 1979, o Samaúma atendeu a mais de 45 mil alunos de municípios do Amazonas (43), Pará (8), Acre (2) e Roraima (1). Agora, Rondônia entra na rota do conhecimento flutuante. Nessa passagem por Nazaré, foram oferecidos 15 cursos profissionalizantes.

O cardápio de opções incluiu as áreas de informática, mecânica, construção civil, eletricidade, costura, marcenaria e alimentação. Os cursos oram ministrados dentro da embarcação - nos laboratórios internos - e desembarcados, em salas e espaços cedidos pela prefeitura. As comunidades abrangidas, além de Nazaré foram: Papagaios, Conceição do Galera, São José, Laranjal, Bonfim, Tira Fogo, Santa Catarina, Pombal, Vista Alegre, Boa Hora, Boa Vitória, Curicacas, Terra Caída e São Carlos.

Para a diretora de Operações do Senai-RO, Adir de Oliveira, o projeto traz dois fatos importantes: atende a populações ribeirinhas isoladas e colabora com as políticas públicas locais na área de educação. “A ideia é preparar os jovens dessas comunidades para o mercado de trabalho e promover o desenvolvimento de regiões isoladas. Já que eles não podem ir, a escola vai a eles”, resumiu.

O diretor da CNI Sérgio Moreira, que responde pela gestão do Serviço Social da Indústria (Sesi) e do Senai em Rondônia, acionou a parceria estratégica firmada com o governo do Estado para que sejam abertas fontes de financiamento especiais e viabilizadas opções de emprego e renda para os jovens e trabalhadores qualificados nas diversas especialidades. Dentro desse espírito de cooperação, Moreira pediu – e foi atendido - a abertura de linhas de crédito especiais do Banco do Povo para que esses futuros empreendedores permaneçam em suas comunidades.

Foram também acionadas outras instituições como o Serviço Brasileiro de Apoio à Micro e Pequena Empresa (Sebrae), o Banco do Brasil e o Basa, para que complementem o trabalho do Senai. “Temos que vender melhor o programa Aprender a Empreender por uma razão óbvia: a economia do local não será capaz de absorver como empregado todo o contingente de jovens formados. Logicamente, a saída será empreender, montando um micronegócio. Afora empreender, só restaria a opção da migração para outras localidades. Como não queremos estimular o êxodo, resta-nos encaixar o empreendedorismo”, explicou Moreira.

O projeto Samaúma adota o nome de uma árvore gigantesca, predominante em terras inundadas da Amazônia, que chega a atingir quase 40 metros de altura. Ela produz sementes em forma de cápsulas que, quando explodem, espalham-se por longas distâncias, ampliando seu raio de germinação. “Como a samaumeira, o barco espalha sementes de conhecimento, que mais tarde vão germinar e florescer”.

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