Automedicação para lesões de pele contribui para disseminação da hanseníase em RO

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Foto: Divulgação

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O hábito de tentar tratar lesões na pele com medicações caseiras ou sem ir ao médico foi apontado como um dos fatores que contribuem para a disseminação da hanseníase em Rondônia, estado classificado como hiperendêmico, conforme pontuou a técnica da Coordenação Estadual de Controle da Hanseníase, enfermeira Albanete Araujo, em palestra proferida durante o Seminário de Combate à Hanseníase e à Tuberculose, promovido pelo Ministério Público de Rondônia, nesta quarta-feira (26), em Porto Velho.
Na palestra que abriu o evento, coordenado pelo Centro de Apoio Operacional da Saúde (CAOP-Saúde), a enfermeira falou da importância de pacientes procurarem unidades de saúde ao apresentarem lesões na pele, com aspectos plano ou elevado, com diminuição de sensibilidade. Entre outros sintomas, a palestrante citou, ainda, o engrossamento ou formigamento de nervos, além de caroços e inchaços no rosto ou orelhas. "O diagnóstico é importante para redução de casos da doença", disse.
Visando derrubar mitos e crendices sobre a transmissão da doença, Albanete Araujo afirmou que a hanseníase, causada pelo bacilo de hansen, é transmitida por vias aéreas, por meio do contato prolongado de uma pessoa sadia com uma doente em estado infectante (que não esteja em tratamento). “Já tratamos pacientes que acharam que haviam contraído hanseníase por terem comido peixe de couro ou ao tomar banho do rio Madeira. Isso é impossível”.
Ao fazer um apanhado sobre o contexto histórico da hanseníase, que remonta aos tempos bíblicos, a palestrante alertou para o estigma da doença, em razão de seu poder incapacitante. Albanete Araujo destacou que o Brasil é o segundo país do mundo e o primeiro da América do Sul em número de casos da doença. “Rondônia está em uma zona de perigo”, disse.
“As Deformidades e Incapacidades da Hanseníase” também foram abordadas pela gerente técnica da Vigilância Ambiental e Epidemiológica, Carmelita Ribeiro, como parte da programação do Seminário.
Em sua palestra, a fisioterapeuta pontuou que a hanseníase não é apenas uma doença de pele, mas também neural, por atingir nervos periféricos, fator que ocasiona as incapacidades no indivíduo doente.
A palestrante também apontou o diagnóstico precoce como importante medida para a redução de fontes de transmissão da hanseníase e de suas sequelas. Carmelita Ribeiro falou sobre a dificuldade de acesso de pessoas portadoras de tais incapacidades aos centros de reabilitação do país. “Em Rondônia, temos a felicidade de termos a oficina de Santa Marcelina, que auxilia na confecção de calçados e próteses para esse público”.
CAOP-Saúde
Promotores de Justiça, técnicos da área de saúde e a classe acadêmica convidada para o evento foram saudados pela Diretora do CAOP-Saúde, Promotora de Justiça Priscila Matzenbacher Tibes, durante o ato de abertura do seminário. A Promotora ressaltou a importância do evento ao abordar a estatística da doença no Estado. “Esperamos obter um quadro modificativo da hanseníase em Rondônia a partir da realização de atividades como essa”, afirmou.
O Subprocurador-Geral de Justiça, Cláudio José de Barros Silveira, também destacou a relevância da iniciativa do Ministério Público em discutir a questão, ao fazer uma referência à saúde como direito social e fundamental, conforme prevê a Constituição Federal.
Programação
Ainda na parte da manhã, o Seminário de Combate à Hanseníase e à Tuberculose previa palestras sobre “Indicadores Epidemiológicos e Operacionais da Hanseníase”, “Aspectos Biopsicossociais da Hanseníase e Tuberculose” e “A Rede de Atenção para Hanseníase e Tuberculose no SUS”.
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