Um grupo de centenas de pessoas, com apoio da Polícia Rodoviária Federal, tomou a principal rodovia de acesso à capital, com uma marcha fúnebre, com direito a caixão e um carro funéreo.
Foto: Divulgação
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Anunciado desde o início da semana nas principais emissoras do Estado como Nota de Falecimento (confira vídeo de chamada no final do texto), foi realizado na manhã desta quarta-feira (19) um movimento de protesto pelo “Falecimento da Rua da Beira”, que tomou a BR 364 em frente a LF Imports e contou com participação de empresários, funcionários de concessionárias que funciona naquele perímetro, e populares.
Enrique Pacheco, um dos organizadores do movimento.
O movimento feito com humor tem uma justificativa séria e de insatisfação em relação ao descaso do poder público com a via de acesso a empresas que comercializam automotivos - utilitários e caminhões. Desde o início das famigeradas obras de construção dos “viadutos”, na verdade elevações, que a Rua da Beira vem sofrendo com a destruição e falta de manutenção.
O local há quase seis anos anos piorou e possui buracos, crateras, muita poeira nesta época de estiagem e no período chuvoso é um mar de lama. O local ainda não conta com iluminação publica adequada, se tornando um dos trechos mais perigosos no período noturno. Os empresários há anos vêm denunciando e pedindo ajuda ao poder público.
Enrique Pacheco, empresário da Buriti Caminhões, foi um dos organizadores do movimento e disse à reportagem Rondoniaovivo que essa ação de protesto já havia sido idealizada há tempos, mas conseguiu corpo junto a todos os empresários e representantes que possuem comércio naquele setor a provocar uma manifestação que chame a atenção das autoridades, que mostre à população o problema crítico que está o local, a ponto de "morrer".
“Estamos há anos nesta luta e a insatisfação é muito grande com o descaso em relação à Rua da Beira. As manifestações que ocorrem no país são reflexos dos maltratos que os nossos governantes têm com a população, cobram de mais e fazem de menos. Nem tudo é por caso de 0,20 centavos, mas uma série de situações adversas que só sobram para o povo brasileiro. Assim como os manifestantes de São Paulo e Rio de Janeiro, aqui também, no nosso caso da Rua da Beira, é uma manifestação legítima. Estamos lidando com uma questão de calamidade pública”, explicou Pacheco.
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Um grupo de centenas de pessoas, com apoio da Polícia Rodoviária Federal, tomou a principal rodovia de acesso à capital, com uma marcha fúnebre, com direito a caixão e um carro funéreo.
Durante o trajeto um grupo de humor participou da passeata – com a participação de uma Dilma Rousself fake, além da “Morte”, que serviu para simbolizar o fim da Rua da Beira.
Durante o trajeto um carro de som repetia o aviso com a nota de falecimento da Rua da Beira, inclusive com pessoas manifestando seu protesto sobre as condições precárias da via e as necessidades urgentes da recuperação do trecho.
O “féretro” subiu o elevado da BR, dando a volta pela Avenida Jatuarana e seguindo até o ponto de inicio do trajeto.
Pacheco disse que esse protesto vai ocorrer durante uma semana e que o apoio dos empresários, funcionários, moradores do entorno e a população que foi até o local demonstrar o seu descontentamento é válido e espera que providências sejam tomadas pelo DNIT para a recuperação da Rua da Beira. “Será o renascimento dessa via e isso tudo nos motiva a lutar pelas melhorias que ela precisa”.
Durante a manifestação policiais rodoviários controlaram o tráfego e um congestionamento de caminhões se formou, mas sem grandes danos.
VÍDEO DA NOTA DE FALECIMENTO DA RUA DA BEIRA
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