Na manhã de terça-feira (04), a dona de casa, Vânia da Silva procurou a Central de Regulação, uma unidade da Secretaria Estadual de Saúde (Sesau) destinada a marcação de exames, localizada na Rua Brasília, esquina com Duque de Caxias, no centro da Capital. Segundo a dona de casa, por volta das 08h00 da manhã ela foi atendida por um servidor que a surpreendeu com uma informação no mínimo absurda.
De acordo com o atendente, a consulta não poderia ser marcada porque o nome da rua onde dona Vânia reside e que consta no seu cadastro do Sistema Único de Saúde (SUS), não batia com o nome da rua descrito no talão de luz, exigido como comprovante de residência para o procedimento.
Revoltada, a dona de casa que reside no Bairro Esperança da Comunidade, zona Leste de Porto Velho, relata que aguardava desde as seis horas da manhã para ser atendida e que não acreditou no que estava acontecendo.
“Eu perdi o controle, fiquei muito nervosa, onde já se viu? Tratam a gente como animais ou até mesmo pior. É obvio que se meu endereço não estava batendo, ele simplesmente poderia resolver isso com uma simples atualização de cadastro já que o talão está no meu nome. E o pior é que ainda é o mesmo endereço onde moro há anos, quem cometeu o erro no nome da rua foi a Eletrobras, não eu. Fiquei indignada e gritei muito na hora”, confessa.
A dona de casa, que tem urgência para marcar os exames e entregar o laudo para um fisioterapeuta e dessa forma iniciar o tratamento de sua doença, não se conformou com a situação e além de procurar a imprensa para denunciar o ocorrido, também procurou o Ministério Público (MP) onde protocolou a denúncia na 7ª Promotoria de Justiça e Defesa da Saúde, de onde saiu satisfeita com a solução.
“Eu acredito que se todas as pessoas tomassem a mesma medida que eu tomei esses tipos de absurdos não aconteceriam com tanta freqüência. Fui prontamente atendida no MP que também me informou que o correto era o servidor ter atualizado meu cadastro e que o motivo justificado por ele não era suficiente para ter se negado a marcar a data do meu exame. O promotor enviou um ofício para lá exigindo que marcassem a data imediatamente. Já saí do MP com o dia certo para fazer o exame, e ainda tomarão providências quanto a atitude do servidor que me atendeu”, relata a dona de casa.
A reportagem não conseguiu falar com ninguém da Central de Regulação através dos telefones gentilmente passados pela assessoria de comunicação da Sesau.