Governo do Estado não libera hora extra para merendeiras e alunos do Mais Educação ficam sem almoço

Através do programa, os alunos deveriam permanecer na escola durante o horário de almoço, fazer a refeição proposta pelo Mais Educação na própria escola e posteriormente retornar às salas de aula para dar sequência aos estudos.

Governo do Estado não libera hora extra para merendeiras e alunos do Mais Educação ficam sem almoço

Foto: Divulgação

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Pais de alunos da Escola Estadual Orlando Freire estariam revoltados com a direção da escola em razão do não cumprimento do Programa Mais Educação. De acordo com a mãe de uma aluna de 12 anos, do 7º ano do Ensino Fundamental, a escola que no em 2012 aderiu ao programa sem qualquer problema, este ano teria surpreendido os pais dos alunos ao não comunicar que o Mais Educação enfrentava dificuldades e que os alunos poderiam ser prejudicados.
O programa prevê que o aluno fique o dia todo na escola para ter aulas de reforço e participar da recreação. Neste período os alunos teriam direito a almoço e a banho. Mas, segundo os responsáveis pelos alunos, não é bem isso o que está acontecendo na Escola Orlando Freire.
De acordo com as denúncias dos pais, os alunos do turno da manhã que, através do programa, deveriam permanecer na escola durante o horário de almoço, fazer a refeição proposta pelo Mais Educação na própria escola e posteriormente retornar às salas de aula para dar sequência aos estudos teriam ficado do lado de fora da instituição, sem almoço e sem o conhecimento dos pais.
A secretária do lar, Jibalda Ferreira dos Santos, mãe de uma das alunas, afirma que a escola sempre cumpriu corretamente com o programa, porém, este ano, ao procurar a diretoria da escola para tirar satisfações sobre os motivos que teriam deixado sua filha de 12 anos sem a merenda escolar e do lado de fora da escola a deixou ainda mais indignada.

“A princípio me disseram que não poderiam fazer nada, pois a culpa era do governo do Estado que não teria dinheiro para pagar hora extra às merendeiras. Que comida tinha, só não tinha quem a fizesse, pois ninguém queria trabalhar de graça. Sendo assim, tiraram o almoço das crianças que participam do Mais Educação, mandaram elas voltarem pra casa, mas sequer comunicaram aos pais. Quanto a permitirem que os alunos aguardassem do lado de fora da escola, inclusive sem acesso ao bebedor, a diretoria negou e disse apenas que eles ficavam em uma área que não dava acesso ao pátio principal, mas que era dentro das dependências da escola sim. De qualquer forma fiquei indignada por não ter sido comunicada que minha filha não iria mais almoçar na escola”, declara a mãe da aluna.

A vice-diretora da escola Orlando Freire, Sueli Souza confirma que o governo não tem repassado verba para o pagamento de horas extras e diz que o problema não está acontecendo só este ano. "No ano passado tivemos que tirar dinheiro do nosso próprio bolso. Infelizmente este ano não tivemos condições e tivemos que dispensar os alunos na hora em que o almoço deveria ser servido. Isso aconteceu só na quinta-feira passada. Na sexta-feira, quando percebemos que muitos dos alunos não tinham condições de custear o próprio lanche naquele horário e nem pagar a passagem do ônibus para ir almoçar em casa, depois pagar para retornar à escola e novamente voltar para seus lares, decidimos suspender o programa Mais Educação até que o governo nos dê condições de manter as atividades que o programa prevê. Mas em nenhum momento deixamos alunos do lado de fora da escola", garante a vice-diretora.

Procurada pela reportagem, a chefe da Coordenação Regional de Educação da Seduc, Iranir Oliveira, não foi encontrada para falar sobre as denúncias, no entanto, a assessoria de imprensa da secretaria informou que na próxima segunda-feira, uma reunião será realizada no setor de lotação para que as providências sejam tomadas o quanto antes.

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