Roberto é “inocentado” com apoio de ex-assessores e parentes

Abrindo

No último sábado a executiva municipal do Partido dos Trabalhadores em Rondônia passou o dia reunido. Na pauta o futuro de Roberto Sobrinho dentro da legenda. O ex-prefeito de Porto Velho foi expulso do cargo pela justiça nos últimos meses de seu mandato e ainda está sendo investigado. Apesar de ter sido destituído do cargo, os “amigos” de legenda resolveram dar um apoio ao ex-prefeito e não concordaram com a instauração de investigação pelo comitê de ética (?) do PT.  Roberto venceu na municipal por dois votos e teve como apoiador seu ex-secretário de Transportes e atualmente ocupando uma cadeira na Assembleia Legislativa, Claudio Carvalho.

Arranjo

Impressiona a desfaçatez do grupo de Roberto. Entre os 18 eleitores estão sua esposa, Lucilene Peixoto e seu cunhado, João Herberty Peixoto (ex-presidente do IPAM). Também estão Tácito Pereira, presidente da executiva municipal e ex-marido de Mirian Saldaña (também absolvida); o ex-secretário de agricultura de Roberto, vereador José Wildes e sua assessora Maria Clarice Souza; os ex-coordenadores da juventude da prefeitura, Jonathan Macedo (conhecido como Figa) e Samuel Pessoa; a ex-secretária de educação Angela Silva; a ex-secretária da Fundação Iaripuna, Berenice Simão e Francisco Gregório, também ligado a Iaripuna.

Apoio de Claudio

Abertamente Claudio Carvalho se diz “neutro” na questão. Ocorre que dos 18 votos favoráveis a Roberto, 6 partiram de assessores de Claudio ou de pessoas com estreitas relações com o parlamentar. Edvaldo Gavião, Antônio Ferreira (Tonho), Jussara Ferreira (conhecida como Jussara Negona, ex-mulher de Tonho), Sebastião Barreto, Nicolas Silva e Reginal Gomes. Essas seis pessoas não apoiariam Roberto contra a vontade de Claudio Carvalho. Além desses, votaram favoráveis ao ex-prefeito Elvis Sanches e Janes Campos.

Inocentes

“Um bom mentiroso é aquele que crê na própria mentira”. Essa frase cai como uma luva para a situação em que se encontra a turma que comandava o município até ano passado. Tão logo foi “absolvida” pela companheirada, a ex-chefe de gabinete Mirian Saldaña comemorou pelo Facebook , “obrigada a minhas companheiras e meus companheiros por confirmarem a confianca em minha trajetoria de vida, de luta e de total comprometimento com meu partido!”. Roberto também está confiante e já pensa em disputar algum cargo eletivo em 2014, para tentar garantir “imunidade”. Se o judiciário não andar rápido, é bem provável que ele consiga.

Falando em eleições

Na última semana o presidente da Assembleia Legislativa Hermínio Coelho andou pelo interior do Estado. Chegou a ir em Rolim de Moura, onde, em entrevista a um programa de rádio afirmou que “Valdir Raupp foi o pior governador que Rondônia já teve”. Ao ser indagado sobre as ações de Ivo Cassol e do ex-prefeito Roberto Sobrinho em relação as compensações pagas pelas usinas ele tascou “essas compensações devem ter ido parar no bolso deles”.

Convite

Depois dessa entrevista Hermínio foi procurado pelo senador que fez um convite. Cassol disse que gostaria de ser candidato ao governo, tendo a deputada Glaucione como vice e apoiaria Hermínio ao Senado. Evidente que esse arranjo não colou.

Mais difícil

E esta segunda-feira amanheceu azeda para Cassol. O Ministério Público do Estado ingressou com uma Ação Civil Pública contra o senador e seu ex-secretário de Saúde, Milton Moreira. Subscrita pelo Procurador-Geral de Justiça Héverton Aguiar e  pela promotora de Justiça Daniella Beatriz Göhl, a Ação afirma que Cassol e Milton inauguraram o Hospital Regional de Cacoal “para fins eleitoreiros” já que aquela unidade estava sem equipamentos adequados e atendendo apenas ambulatorialmente. Os prejuízos, segundo o MP, ultrapassam R$ 5 milhões.

Na ação

Os promotores pedeem, liminarmente, o sequestro e a indisponibilidade de bens móveis e imóveis e o bloqueio de todas as contas e aplicações bancárias de Cassol e Moreira. Essa ação por “ato de improbidade” soma-se a diversas outros processos que vão inviabilizando o futuro político do senador. Com isso, torna-se cada vez mais improvável uma candidatura de Ivo em 2014. E isso também certamente vai complicar sua futura tentativa de reeleger-se.

Pediu para sair

André Reitz do Valle, atual superintendente do Departamento Nacional de Infra Estrutura de Transportes – DNIT, entregou o cargo nesta segunda-feira. Pediu para sair porque não dá conta da quantidade de problemas existentes na região. E não tem dinheiro para resolver. Se a moda pega, os órgãos federais em Rondônia vão começar a ficar desertos.

Corrigindo a legislação

O julgamento do goleiro Bruno será usado como exemplo negativo de funcionamento do Judiciário no relatório final da CPMI da Violência Contra as Mulheres. O objetivo da CPMI é mostrar as protelações feitas por advogados de defesa no julgamento para pedir mudanças no Código Penal e no Código de Processo Penal. “Este é um crime exemplar do ponto de vista negativo”, disse a presidente da CPMI, deputada Jô Moraes (PC do B-MG), que acompanhou o início do julgamento. Segundo ela, o relatório final da comissão será entregue no dia 20 de março. Um dos capítulos vai sugerir mudanças na legislação para impedir que manobras protelatórias sejam usadas para beneficiar autores de crimes contra mulheres. Além de embasar projetos de lei no Congresso, o texto será entregue ao presidente do Supremo Tribunal Federal, Joaquim Barbosa, ao ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, e ao Conselho Nacional de Justiça. “Queremos mudanças nas áreas administrativa e legislativa”, afirmou a deputada. As informações são do IG.

Para os micro e pequenos

De acordo com o inciso I do artigo 73, da Lei Complementar 123/2006, que institui o Estatuto Nacional da Microempresa e Empresa de Pequeno Porte, “nos casos de protesto de título, quando o devedor for microempresário ou empresa de pequeno porte, não incidirão sobre os emolumentos do tabelião quaisquer acréscimos a título de taxas, custas e contribuições para o Estado ou Distrito Federal, carteira de previdência, fundo de custeio de atos gratuitos, fundos especiais do Tribunal de Justiça, bem como de associações de classe, criados ou que venham ser criados sob qualquer título ou denominação, ressalvada a cobrança do devedor das despesas de correio, condução e publicação de edital para a realização da intimação”. Ou seja, não precisa pagar as taxas de cartório.

Registro

Almoçando nesta segunda-feira no restaurante Sapucaia, do ex-vereador Elizeu da Silva, todo o staff da Casa Civil e Cerimonial do governo, além de outros convidados. Eles comemoravam o aniversário da chefe do cerimonial Helena Campanari. Quem prestigiou o evento foi o chefe da Casa Civil Marco Antônio Faria.

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Mães de recém-nascidos apresentam mais sintomas obsessivo-compulsivos

Mães de recém-nascidos checam constantemente se o bebê está respirando, lavam várias vezes tudo o que toca a criança e esterilizam as mãos e a casa com medo de germes. Um estudo da Northwestern Medicine confirmou o que qualquer pessoa em contato com novas mães já desconfiavam: elas apresentam níveis muito maiores de sintomas obsessivo-compulsivos que o restante da população.

O estudo descobriu que 11% das mulheres entre duas semanas e seis meses depois do parto apresentam os sintomas, enquanto que no restante da população, esse índice cai para entre 2% e 3%. Este é o primeiro grande estudo longitudinal sobre o tema. Os sintomas incluem o medo de ferir o bebê e a preocupação com germes e são temporários, podendo ser resultado de mudanças hormonais, de estresse, ou da adaptação aos cuidados com o bebê, segundo os pesquisadores. Se as compulsões interferirem no funcionamento da mãe a longo prazo, no entanto, podem significar distúrbios psicológicos.

O estudo será publicado na edição de março/ abril na “The Journal of Reproductive Medicine”. - Algumas obsessões e compulsões são apropriadas para este caso, como a limpeza e higiene. Mas quando isso interfere no cotidiano dos pais, pode ser patológico - diz a autora do estudo, Dana Gossett.