Prefeitura pretende aumentar número de empresas de transporte coletivo na capital

Da Redação

01 de Fevereiro de 2013 às 05:00

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Prefeitura pretende aumentar número de empresas de transporte coletivo na capital

Foto: Divulgação

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A Prefeitura de Porto Velho iniciou a busca por melhorias no transporte público da capital. Com o plenário da Câmara Municipal de Porto Velho lotado durante audiência pública realizada na noite desta quinta-feira (31), o Prefeito Mauro Nazif declarou ter como principal meta uma frota mínima de 220 ônibus e 3 empresas prestadoras do serviço, ao contrário do realizado hoje, já que apenas duas empresas atuam no ramo com uma frota de 178 veículos.

Mauro Nazif informou que não haverá reajuste enquanto as melhorias não forem adotadas pelas contratadas. “Quem dá o reajuste é o prefeito. Não haverá majoração da tarifa enquanto não houver uma 3ª empresa e uma frota maior. É nas pessoas que penso enquanto administrador público” enfatizou.

Além disso, Mauro confirmou que a Secretaria Municipal de Transportes e Trânsito (Semtran) vai atuar com rigor na fiscalização. Em apenas 30 dias, a secretaria já emitiu mais de 40 notificações, 15 autos de infração e apreendeu 13 ônibus. Para dar subsídio ao trabalho da Semtran, o prefeito afirmou que irá revisar o decreto 6.633/1998, utilizado como parâmetro de operacionalização e penalização, hoje insatisfatório e defasado para a realidade da cidade.

O prefeito completou sua fala tratando do projeto de mobilidade urbana, que trata inclusive da reestruturação do transporte coletivo, com planos de urbanização dos pontos de parada, construção de terminais e estações de integração, plano cicloviário, entre outras medidas, a serem executadas num prazo de 3 anos, custeadas por recursos federais do PAC 2 de mais de 90 milhões já garantidos.

Empresas

Representada por Claudinei Castanha, a defesa das empresas diante das autoridades e populares admitiu que o serviço não atende os níveis de qualidade. “Deu para notar que existe insatisfação geral de todos”, observou.

O assessor do consórcio culpou a administração passada pelas falhas, afirmando ter faltado gestão e planejamento e completou somando o crescimento da frota de carros e motocicletas como fatores para a ineficiência do serviço de transporte coletivo. “A velocidade dos ônibus caíram para 15km/h enquanto o ideal seria 30km/h, culpa do planejamento” afirmou Claudinei.

Em resposta, Mauro Nazif disse que o assessor não se ateve em falar do transporte e sim da cidade. “Com todo respeito, parece que o senhor veio falar da cidade, deveríamos contratá-lo para ser o consultor do município. Quero frisar que Porto Velho tem prefeito e tem vereadores, precisamos apenas que sua empresa preste o serviço para o qual foi contratado e com qualidade”, alertou.

Vereadores

Vários vereadores se mostraram solidários a causa. Os discursos sobre as deficiências dos parlamentares foram os mais variados, todos sensíveis as necessidades dos usuários e também dos trabalhadores, é o caso do vereador Márcio do Sitetuperon: “A população sofre e o trabalhador também, pois é o ofendido. Só de linhas extintas pela administração passada foram 7, criaram uma linha da família que não durou 2 meses”, desabafou.

Populares

A participação de estudantes, membros de associações, trabalhadores, entre outras classes, foi maciça. Com uma duração de aproximadamente 4 horas e meia, 51 pessoas fizeram uso da palavra, com apresentação dos problemas, soluções e depoimentos emocionantes alertando principalmente a falta de acessibilidade existente no serviço oferecido.

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