Prefeitura vai buscar mecanismos jurídicos para cancelar contrato da coleta de lixo

Prefeitura vai buscar mecanismos jurídicos para cancelar contrato da coleta de lixo

Prefeitura vai buscar mecanismos jurídicos para cancelar contrato da coleta de lixo

Foto: Divulgação

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A prefeitura de Porto Velho vai instaurar procedimento com objetivo de buscar mecanismos jurídicos que possam resultar no cancelamento do contrato de concessão da coleta de lixo no município. Foi o que afirmou o prefeito Mauro Nazif na noite desta terça-feira (29), na Câmara de Vereadores, durante audiência pública solicitada pelo executivo municipal com a finalidade de discutir a deficiência do serviço na capital e nos distritos.
Mauro Nazif informou que a prefeitura está fazendo análise técnica minuciosa sobre cada cláusula do contrato firmado com a empresa Marquise. Além disso, através da Secretaria Municipal de Serviços Básicos (Semusb), está fiscalizando a coleta de lixo. “Ao final será feito um relatório e em cima dessas informações tomaremos as medidas judiciais que julgarmos necessárias com objetivo de rescindir o contrato”, enfatizou.
Depois de agradecer o apoio dos vereadores e do público que lotou o plenário da Câmara Municipal, o prefeito informou que a audiência não ocorreu por acaso, mas teve um motivo – as falhas no cumprimento do contrato por parte da prestadora de serviços. Dirigindo-se ao representante da Marquise, Hugo Nery, Mauro Nazif pediu que ele se colocasse no lugar da população. “Se o senhor morasse em Porto Velho, qual seria o seu posicionamento?”, indagou.
O prefeito declarou que o contrato tem vícios e vários aditivos que alteraram os valores, fazendo com que a empresa receba cerca de R$ 2 milhões por mês. No entanto, segundo Mauro Nazif, em muitas localidades a Marquise demorava até 15 dias para fazer a coleta do lixo. “Não estamos aqui para brincar. Não gostamos de ver ninguém lesar o erário público. Vamos ter seriedade e amor pela nossa cidade”, comentou.
Meia culpa
Hugo Nery admitiu que a empresa errou, mas assumiu apenas meia culpa ao afirmar que o contrato de concessão firmado com a Marquise e o plano de coleta de lixo foram elaborados pela própria prefeitura e não pela empresa. Na opinião dele, a concessionária está fazendo muito mais do que o previsto. “Fomos contratados para recolher seis mil toneladas de lixo, mas estamos recolhendo 11 mil toneladas”, disse.
Acrescentou que a empresa foi contratada para operar com oito caminhões na coleta de lixo, mas teve que ampliar a frota para 17 veículos. Sobre a construção do Aterro Sanitário, previsto no contrato, argumentou que a empresa não cumpriu com a cláusula por culpa do município, que não repassou o terreno.
Rever contrato
O secretário municipal de meio ambiente, Edjales Brito, contestou o representante da Marquise. “Se tem prejuízo é porque o plano da empresa foi mal elaborado. Este é o momento propício para revermos o contrato”, observou, acrescentando que a detentora da concessão dos serviços está descumprindo leis municipais e federais.
 
Para o secretário municipal de serviços básicos, Ricardo Fávaro, o fato de existir erro por parte da prefeitura não justifica o descaso da Marquise. Fávaro acusou a empresa de não cumprir várias clausulas do contrato, como é o caso da educação ambiental. “Vamos abrir processo judicial para quebrar o contrato com a Marquise”, anunciou.
Depois de apontar vários itens do contrato que não estão sendo cumprido por parte da Marquise, o coordenador de limpeza urbana, Carlos Prado declarou que a prefeitura vai buscar os meios legais para fazer valer a determinação do Tribunal de Contas do Estado e do Ministério Público de Contas, os quais recomendam cancelar o contrato da coleta de lixo em Porto Velho. “Existe motivo mais que suficiente para romper o contrato”, declarou.
 
Vereadores
O presidente da Câmara Municipal, Alan Queiroz, também se manifestou favorável ao cancelamento do contrato. “Se a empresa está no prejuízo, porque ela mesma não desiste do contrato? Se há descontentamento tanto da empresa quanto da população, não há outro caminho a não ser a quebra do contrato”, observou o vereador.
Vários vereadores se manifestaram favoráveis ao rompimento do contrato com a Marquise. É o caso do Cabo Anjos, Fátima Ferreira, Side Orleans, Aélcio Costa, Din Din, Ana Maria Negreiros e Márcio do Sitetuperon. Além de concordar com a quebra do contrato, Jair Montes anunciou que vai apresentar requerimento à mesa diretora da Câmara solicitando abertura de “CPI” para investigar o caso.
Outros
No entendimento do presidente da Assembléia Legislativa de Rondônia, deputado estadual Herminio Coelho, a Marquise “é um carrapatão que vive sugando a cidade de Porto Velho com serviço horroroso. Disse que o contrato está cheio de “maracutaias” e que a Marquise não tem moral para prestar serviços em Porto Velho.
Já o desembargador Isaias Fonseca sugeriu a criação de um consórcio público entre as prefeituras de Porto Velho e Candeias do Jamary para a realização da coleta de lixo nos dois municípios. Representantes de vários movimentos sociais e cooperativas de catadores, dos distritos ao longo da BR-364 e comunidades ribeirinhas também apontaram falhas e se disseram favoráveis ao rompimento do contrato com a Marquise.
 
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