Kaxararis são capacitados para proteger território indígena

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Foto: Divulgação

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Com uso das leis ambientais, indigenistas e através da Cartografia Básica e uso de GPS (Sistema de Posicionamento Global, em inglês), 23 indígenas da TI Kaxarari se preparam para vigilância e proteção do seu território. A capacitação para formar vigilantes da TI foi promovida pela Energia Sustentável do Brasil (ESBR) com a parceria da Fundação Nacional do Índio (FUNAI). Os cursos de Cartografia Básica e Uso de GPS e Legislação Ambiental e Indigenista foram realizados no distrito de Extrema (aproximadamente 350 quilômetros de distância de Porto Velho), no período de 10 a 19 de dezembro de 2012.
Durante duas semanas os participantes estudaram as leis e aprenderam a utilizar GPS, bússolas, imagens cartográficas, de satélites, dentre outros equipamentos. Entre aqueles que participaram dos cursos, 14 serão contratados pelo período de um ano para trabalharem no Posto de Vigilância da Terra Indígena, sob a coordenação da FUNAI.
Os Postos de Vigilância, em construção pela ESBR nas comunidades indígenas Kaxarari, Igarapé Ribeirão, Igarapé Laje e Uru-Eu-Wau-Wau, serão equipados com toda a infraestrutura para as ações de proteção e vigilância das Terras Indígenas. Além da mobília, os locais possuirão computadores, equipamentos de localização, comunicação e veículos (camionetes, motocicletas e barcos).
Além dos kaxararis, já foram beneficiados com a capacitação os indígenas da TIs Igarapé Ribeirão e Igarapé Laje, em setembro do ano passado. Os cursos fazem parte das ações que a ESBR desenvolve no âmbito dos Planos de Proteção às Terras Indígenas, contemplados no processo de licenciamento da UHE Jirau.
Na fase de implantação do empreendimento, as ações do Plano Emergencial de Proteção às Terras Indígenas são focadas na proteção e vigilância das mesmas e apoio à FUNAI no trabalho de identificação e proteção de índios isolados.
Existe ainda uma segunda fase que compreende o desenvolvimento de ações de apoio nas áreas de saúde, educação, produção e cultura, dentre outros subprogramas desenvolvidos a partir de um diagnóstico socioambiental realizado nas aldeias com a participação direta dos representantes de cada Terra Indígena contemplada.
De acordo com a coordenadora do Programa de Apoio às Comunidades Indígenas, Bruna Paes, o objetivo do programa é levar, a longo prazo, benefícios socioambientais e econômicos para as populações indígenas. Apoiar o uso racional dos recursos indígenas usando como instrumento o respeito sociocultural, econômico, de fauna e flora dos indígenas.
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