REVOLTA – Cidadão fica indignado com ação de soldado da Base Aérea enquanto caminhava no Espaço Alternativo

Da Redação

07 de Janeiro de 2013 às 09:11

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REVOLTA – Cidadão fica indignado com ação de soldado da Base Aérea enquanto caminhava no Espaço Alternativo

Foto: Divulgação

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Espaço Alternativo é utilizado diariamente por centenas de munícipes da capital rondoniense para a prática diária de exercícios ao ar livre.

Um leitor do jornal eletrônico Rondoniaovivo, enviou um artigo onde expressa sua indignação por um fato ocorrido enquanto ele realizava sua caminhada pelo espaço alternativo, pista utilizada pela comunidade portovelhense para a prática de exercícios físicos ao ar livre.

Segundo o leitor, que se identifica pelo nome de David Nogueira, ele andava nas proximidades da área correspondente à Base Aérea de Porto Velho, momento em que foi interpelado por um Soldado Militar que, segundo o internauta, com a mão postada sob a sua arma de forma acintosa proibiu o cidadão de prosseguir com sua caminhada.

A redação do Rondoniaovivo tentou entrar em contato com o Departamento de Comunicação da Base Aérea de Porto Velho, porém sem sucesso.

Confira abaixoartigo escrito por David Nogueira à redação do Rondoniaovivo.com:

Base Aérea de Porto Velho, arbitrariedade e o andarilho!

1 - Andarilho

Estou indignado. Quero deixar claro que estou longe de ser um atleta exemplar. A preguiça costuma ser minha parceira mais fiel e permanente. Não obstante, há muitos anos costumo travar lutas homéricas contra ela e, nos momento de vitória curta e consagradora, externalizo tal feito com caminhadas no chamado “Espaço Alternativo”, no final da Av. Jorge Teixeira, passando pela Base Aérea e aeroporto. Cerca de intermináveis 6 km... A falta de locais mais apropriados em nossa cidade acabou transformando aquele asfalto na pista olímpica de milhares de cidadãos pagadores de impostos ou não.

1 - Pare aí!!!... Você não pode!!

No último sábado, dia 05 de janeiro, por volta das 18h40, pela segunda vez em dois meses, fui constrangido pela postura de um soldado da Base Aérea. Mantida a distância de segurança militar, fui informando que este protótipo de andarilho não poderia mais contornar sua caminhada perto da entrada da Base Aérea!!! Com a mão pousada na arma em seu coldre de cintura (de forma acintosa), o soldado exerceu todo o seu poder instituído e determinou:

O senhor não pode passar mais por aqui!!!

Eu perguntei o motivo, uma vez que faço isso há mais de 20 anos e jamais fui tratado como uma ameaça terrorista pela Aeronáutica de meu país, a qual todos custeamos com trabalho coletivo.

2 – Quem manda nessa Base?

Reconheço que fui atrevido... Ousei questionar!!

Disse que se havia uma proibição (por questão qualquer) a Aeronáutica tinha a necessidade de colocar placas de sinalização informando as limitações de passagem de pessoas. Ser clara, objetiva e transparente com os cidadãos (não é pedir muito). Não parece correto simplesmente dar ordens para os soldados plantonistas da entrada da Base proibirem as pessoas, de forma ameaçadora, de passarem, ou contornarem, por via pública e livre, a caminhada que realizam há anos... décadas.

3 - O comandante caminha?

Eu não acredito tal atitude ser do conhecimento do Comandante da Base Aérea de Porto Velho. Mas o fato me incomodou, desta feita, decidi exercer meu esperneio neste espaço minúsculo. Caminho ali desde a época em que a maioria dos oficiais de alta patente da Base ainda perambulava em ralada formação na academia militar. Mas sou um cumpridor das determinações coletivas responsáveis pela vida em sociedade. Se agora aqueles 50 metros representam território a ser protegido, a ferro e fogo, para defesa da Base Aérea, que seja feito de forma objetiva, transparente e legal. Coloquem placas, avisem, divulguem aos cidadãos de bem e suas famílias. Preparem, por favor, as pessoas que vão carregar uma pistola na cintura para a defesa de nossa Base.

4 - O que está lá de divulgação!

No espaço final de contorno na Base, se olhar bem, apenas há placas orientadoras de como as pessoas de carro devem proceder para se aproximarem da guarita. Isso é correto. Há outra placa informando o Uniforme do Dia, Realização ou não de Educação Física e Realização ou não de Formatura. Não há sinalização alguma de limitação para pedestres. Quem decidiu, então, a proibição da passagem de pessoas por aquele espaço? Quando? Por quê? Se a ameaça existe, por favor, minha história de caminhadas merece ser informada das razões para eu não ter que amargar o desconforto de saber ter sido vítima da arbitrariedade de alguém mal preparado para o exercício militar em nossa cidade. Os “andarilhos históricos”, estafados pelas peregrinações asfálticas sem fim, reconhecerão o gesto.

Direito ao esquecimento

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