Foi lançado, na manhã desta segunda-feira (29), o novo projeto da Secretaria de Estado de Justiça (Sejus), através da Assessoria de Reinserção Social: O “2 Rs” – Reabilitando pela Reciclagem. A unidade contemplada com o projeto foi a Penitenciária Estadual Feminina, que capacitará 20 apenadas com o curso de Corte e Costura para confecção de bolsas, sacolas e mochilas com material sustentável.
Em parceria com o Ministério Público do Estado, Conselho da Comunidade (que doará o material para a produção), e a Faculdade São Lucas (que ministrará a capacitação), a Sejus entra com a disponibilização da oficina de costura e máquinas, que estão disponíveis na unidade, além da logística e organização nos dias de curso. As alunas receberão a capacitação durante duas semanas, e a partir de então, começarão a produzir o material que deverá ser distribuído em escolas públicas e instituições carentes.
O secretário adjunto da Sejus, Zaqueu Vieira Ramos, em nome do secretário de Justiça Fernando Oliveira, falou sobre a importância de tão relevante trabalho. “Essa é a proposta do governador Confúcio Moura, que busca pela melhoria da qualidade de vida enquanto o indivíduo estiver recluso e pela expectativa de uma vida melhor quando ele sair do sistema prisional. O envolvimento de todos em atividades como essa é a nossa meta, e nós ficamos muito felizes em saber que, a Penitenciária Feminina tem uma média de 70% de mulheres trabalhando, estudando ou sendo capacitadas”, declarou.
Além do benefício de profissionalização, as reeducandas também receberão a remissão de pena: para cada três dias de atividade, um dia de remissão. Outra vantagem para as envolvidas no novo projeto é a remuneração através do Fundo Penitenciário. Segundo Rodolfo Teixeira, assessor de Reinserção Social da Sejus, o valor deve ser estipulado em torno de R$ 400,00 mensais. “Quando chegarem ao período de linha de produção, elas vão dividir a oficina com as alunas do curso de bonecas, então terão dois dias da semana para produzir, usando as máquinas da oficina. O dinheiro é apenas um incentivo, mas o importante é a profissionalização das apenadas que poderá servir como fonte de renda e trabalho quando voltarem para a sociedade em liberdade”, enfatizou Rodolfo.
Estavam presentes na cerimônia de lançamento do projeto representantes do Ministério Público do Estado, da Faculdade São Lucas, do Conselho da Comunidade e da Secretaria de Justiça, além das alunas e direção da unidade prisional. Maria Elisa Aguiar, diretora geral da faculdade parceira, também palestrou para as reeducandas, com uma mensagem de incentivo. "Podem tirar qualquer coisa de você, mas o conhecimento é a única coisa que é sua, e ninguém pode lhe tomar. Se existe um caminho para a mudança, esse caminho chama-se educação".