Nessa terça-feira, 23, a Usina Hidrelétrica Jirau atingiu um marco importante em sua construção: dois milhões de m³ de concreto lançados desde novembro de 2009. Em termos comparativos, com o mesmo volume, daria para construir duas vezes os doze estádios da Copa do Mundo de Futebol, que será realizada no Brasil em 2014.
O número alcançado é resultado do ritmo acelerado das obras civis, hoje 70% concluídas, e representa a força da engenharia nacional. “Estão de parabéns a construtora Camargo Corrêa, todos os nossos fornecedores e contratados que colaboraram para que o marco fosse atingido, as empresas sócias que acreditaram na possibilidade de se atingir um cronograma tão arrojado como o que estamos enfrentando. Vamos começar a geração agora no início de 2013, nas primeiras unidades geradoras, e continuaremos fazendo as outras etapas, nas demais unidades geradoras, até concluirmos a quinquagésima”, enfatiza o diretor de engenharia da Energia Sustentável do Brasil, Maciel Paiva.
Vencer cada meta faz parte do dia a dia dos profissionais que trabalham na maior hidrelétrica em construção no Brasil e a 14ª do mundo em potência instalada. “Dois milhões de m³ só é possível devido a existência de um grande time aqui em Jirau . Estamos construindo esta obra utilizando um sólido sistema integrado de gestão de obras, onde elaboramos nossas estratégias, implantamos nossos procedimentos executivos , na busca dos nossos objetivos, metas e resultados esperados, em atendimento as expectativas do nosso cliente, dos acionistas, da comunidade e dos nossos profissionais”, explica José Antônio Zanotti, gerente executivo.
O marco da concretagem foi comemorado no canteiro de obras durante todo o dia. Nos diálogos de segurança(encontros realizados diariamente, a cada troca de turno, em todas as frentes de serviço) e também por meio dos mecanismos de comunicação interna, os trabalhadores foram informados da conquista e receberam homenagens. Às 11 horas, dirigentes e trabalhadores da Energia Sustentável do Brasil (responsável pela construção e operação da usina), da Construtora Camargo Corrêa (obras civis), da Leme Engenharia (fiscalização) e outras empresas envolvidas na obra, se reuniram em um mirante abaixo da Casa de Força da margem direita para um ato simbólico comemorativo. Uma betoneira, das que transportam o concreto das centrais de produção até as frentes de serviço, trouxe a faixa alusiva ao marco dos dois milhões de m³, ao som de aplausos, sirenes e fogos de artifício.
O Diretor do Projeto Jirau, Marco Antônio Bucco, ressaltou a importância desta marca. “A Camargo Corrêa, desde Tucuruí, não tinha um desafio dessa magnitude. Alcançamos um patamar em que apenas as grandes empresas do mundo conseguiram: dois milhões de m³. Parabéns aos envolvidos, direta e indiretamente, nesta tão importante conquista”, comenta o diretor.
Concretagem vai até 2014
O processo de concretagem deve se estender até dezembro de 2014. Até lá, mais 800 mil metros cúbicos de concreto devem ser aplicados entre as margens esquerda e direita.
Para atender essa demanda, em Jirau há seis centrais de concreto operando. Juntas, a capacidade de produção das unidades é de 1.200 m³ por hora. “O volume de concreto varia de acordo com a demanda a ser aplicada. Mas as centrais têm uma capacidade de produção bem superior ao volume que a obra vai precisar”, destaca o gerente executivo da construtora Camargo Corrêa, João Lázaro Maldi Júnior.
O diretor de engenharia da ESBR destaca que em fevereiro de 2011, durante o pico das obras foram lançados 130 mil m³ de concreto, o que dá uma média de 4.500 m³ ao dia. “Se trata de um mês curto e com feriados no Brasil. Então, em obras de infraestrutura no País, no ritmo que está sendo feito, eu acredito que não tenha sido realizada ainda uma obra tão grande e com tanta velocidade como a que estamos fazendo aqui”, conclui Paiva.