Começou nesta segunda-feira (8), na Casa de Cultura Ivan Marrocos, em Porto Velho, a exposição de bonecas produzidas dentro da Penitenciária Estadual Feminina (Penfem), através do projeto “Mãos que Recriam pela Arte”. A abertura da exposição contou com a presença de 15 reeducandas, alunas do curso ministrado pela Cooperativa Açaí em parceria com a Secretaria de Estado de Justiça (Sejus).
Segundo a instrutora da Cooperativa Açaí, Arlete Cortez, a intenção da exposição, além de mostrar o trabalho de capacitação e incentivo às apenadas realizado na unidade prisional, também é angariar fundos para a continuidade do projeto. “A Sejus dispõe de máquinas, servidores para acompanhar as apenadas até a sala de aula e espaço físico, e nós entramos com a instrução e o material para o serviço, e por isso ficaremos com a exposição até o Dia das Crianças, com aproximadamente 100 bonecas à venda”, disse. A exposição intitulada “Bonecas que contam histórias” vai até sexta-feira (12), aberta ao público das 8h às 17h.
A oficina de bonecas dentro da unidade foi inaugurada no final do mês de julho, com início do curso em agosto. São três meses de capacitação, entre o curso de corte e costura paralelo à produção de bonecas. Arlete Cortez afirma que 20% das vendas serão destinados às alunas e o restante suprirá os gastos já aplicados no curso, além de servir para aquisição de mais material.
Representando a Sejus, a Assistente Social do Sistema Penitenciário, Iza Celesti agradeceu a participação dos parceiros e parabenizou às reeducandas em nome do secretário Fernando Oliveira. “Nós esperamos que a partir desse caminho vocês façam a diferença e busquem a mudança para a vida de vocês, e nunca mais precisem voltar para o sistema”. Também estavam presentes representando a secretaria a psicóloga da unidade, Érika Oliveira Chaquian, e a diretora da Penfem, Conceição Mourão. Emocionada, a presidente da Cooperativa Açaí, Antônia Chaquian, relatou a importância do curso: “Através desse trabalho, nós percebemos que podemos mudar vidas, e ajudar essas moças a descobrirem que a vida pode ser diferente”, finalizou.