Há menos de um ano de estabelecimento, a casa terapêutica para mulheres “Monsenhor Gabriel Mercol”, que fica a 20 quilômetros de Ji Paraná e próximo ao distrito de Bandeira Branca, em Presidente Médici, está em processo de regularização para atender dependentes químicos do sexo feminino e assim ampliar o trabalho com parcerias, trabalho voluntários e ações de interesse público que tem como objetivo principal o resgate de vidas em estado vulnerável no mundo das drogas. A casa é administrada por membros da comunidade católica Copiosa Redenção, oriundas do Paraná e sob a liderança da Irmã Bruna.
O prédio foi estruturado com apoio da Associação Monsenhor Gabriel Mercol e da Associação de Voluntárias de Ji Paraná (AVJ). A arquitetura é moderna, com capacidade para atender 32 internas, com quartos, refeitório, cozinha, lavanderia, salas de reunião, consultório e ambulatório, pátio aberto para recreação e a área cheia de árvores e espaço para horta orgânica.
A diocese de Ji Paraná doou um carro para atender a parte administrativa da comunidade. “Devido o processo de regularização atendemos apenas três internas e os responsáveis, que assinam termo de compromisso no trabalho de recuperação das dependentes, mas logo estaremos aptos a mais convênios e ajuda formal para ampliar a prestação do serviço”, explicou a devota Ana Carolina.
Mesmo assim as religiosas fazem terapia ocupacional com os trabalhos domésticos e artesanais ministrados por elas mesmas, presta assistência psicológica através de trabalho voluntário de uma profissional e promovem encontros vocacionais. No dia 26 de agosto a comunidade faz um ano e já conseguiu o alvará de funcionamento, que as religiosas contam como uma grande vitória.
CONEN
O presidente do Conselho de Políticas Públicas sobre Drogas (Conen) Neirival Pedraça visitou as instalações da casa acompanhado dos coordenadores da pastoral da família, da paróquia São João Bosco, casal Valdecir e Marcia Moraes. As irmãs Ana Carolina falaram sobre a metodologia de trabalho da comunidade, que para atender os dependentes químicos e familiares utilizam a metodologia do professor de psiquiatria da New York University, George de Leon.
Durante a visita o presidente do conselho garantiu que o pleito por ajuda feito pela comunidade será abordado durante reunião com magistrados, onde uma das pautas é o destino da apreensão oriunda do tráfico, que após processo transitado e julgado, ao ser dado a perda, pode ser encaminhada para beneficio de entidades filantrópicas como as casas terapêuticas.
“A priori a casa Monsenhor poderá enviar os documentos da entidade para cadastro no Conselho e a nossa equipe fará uma visita para auxiliar e orientar no estabelecimento formal da entidade e assim promover intercâmbios e ações conjuntas na luta contra o mundo das drogas”, disse Pedraça.