A Ferrovia, nada á comemorar - Por Luiz Leite de Oliveira

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Foto: Divulgação

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Na condição de cidadãos brasileiros, através da Associação de Preservação do Patrimônio Histórico do Estado de Rondônia e Amigos da Madeira Mamoré (AMMA), CNPJ 104.305.125-0001-80 e Madeira Mamoré Railway Society (Inglaterra e Estados Unidos), levamos ao conhecimento, deste poder legislativo, os crimes permitidos por instituições brasileiras, contra o patrimônio Cultural Brasileiro e o Meio Ambiente na região das 20 cachoeiras e corredeiras do Rio Madeira, entre Porto Velho e Guajará Mirim, região essa a qual foi construída a Estrada de Ferro Madeira Mamoré.
 Depois de 5 anos, entre 1907 e 1912, trabalhadores de mais de 52 nacionalidade (segundo o escritor e engenheiro Manoel Rodrigues Ferreira), ergueram uma obra verdadeira na Amazônia Ocidental, numa das mais inóspitas regiões do planeta. E aqui, morreram milhares de homens, numa luta de suor, sangue, doenças, mortes, vidas. Em 1912, foi inaugurada e funcionou durante 60 anos.
Em 1972, foi desativada definitivamente, ainda na ditadura militar. Em 1980, ainda nesse período no qual o Brasil vivia um período de exceção, não constitucional, anos de chumbo, o povo reagiu, e iniciou a luta popular pela reativação da ferrovia Madeira Mamoré e pelo seu tombamento. Foi uma luta de ferroviários, professores, engenheiros, arquitetos, e em particular de sua população rondoniense. Nessa época difícil, houve um esforço incomum para salvá-la do horror da destruição que se acentua a cada ano. Infelizmente, nessa luta sempre apareceu de última hora, os espertalhões à pegar carona na luta popular. Estamos lutando bravamente, por longos anos, pelo o seu resgate, lutamos para reativá-la e restaurá-la. Contamos com o apoio popular em diversas e inúmeras reuniões, manifestos, protestos. Tudo pelo TOMBAMENTO da Madeira Mamoré. Por isso, nos chamavam de tudo, subversivos, entregando nossos nomes aos arapongas na época da ditadura e agora pelo grupo.
Inicialmente foi tombada, pela Constituição do Estado de Rondônia, no artigo 264, nos anos de 1980. Em 2005, foi considerada como PATRIMÔNIO NACIONAL, tombada pelo IPHAN. Com o tombamento, esperávamos que a ferrovia histórica estivesse salva...Com os seus tombamentos. Mas não foi isso o que vimos, prevaleceu a permissividade. Fomos espetacularmente ludibriados. Houve uma enorme influência político-partidária na questão: instituições culturais e ambientais, entre as quais o IPHAN, o Ibama, o Ministério Público do estado e Federal, Advocacia Geral da União, o Serviço do Patrimônio da União até uma parcela do poder judiciário, se deram as mãos. Obviamente, tiveram alguns momentos de lucidez, mas isso não impediu que prosperasse obviamente da coisa publica e pátria.
SIM, a Estrada de Ferro Madeira Mamoré no sentido histórico e cultural, mas vitimada por uma política de terra arrasada, que não poupou o próprio CEMITÉRIO DA CANDELÁRIA, de seus túmulos multinacionais, foi totalmente destruído e desrespeitado, cedendo espaço para a senha cruel derrubar sua floresta, devassar os túmulos, e arrastar os restos mortais sacro santos ás ribanceiras, aterrar e represar as várzeas, igarapés, derrubar a floresta non aedificandi, derrubar edificações históricas como ocorreu com a velha Fabrica de Borracha, Serraria das Onze Horas, o prédio do Plano Inclinado, a descaracterização dos Almoxarifados, Oficinas, o aterro do pátio ferroviário e sua desfiguração descarada por praças e a transformação em piseiro político...A Venda de terras públicas, tombadas, intransferíveis, na Madeira Mamoré, a membro de Poder. Ao longo da Ferrovia o seu leito e suas Pontes Metálicas espetaculares, estão desaparecendo debaixo das águas represadas das duas hidrelétricas de Santo Antônio e Jirau.
Como explicar esses crimes de lesa pátria, contra o patrimônio histórico e o Rio Madeira? Tem uma resposta: TRAIÇÃO.
Para que fossem construídas as barragens das hidrelétricas de Santo Antônio e Jirau, no Rio Madeira, assim, para utilização de faixas de terras pelas hidrelétricas, espaços intransferíveis, tombados,foi abortada a
 “Lei 1776”, que rasga a constituição, artigo 264, e o tombamento pelo IPHAN- 2005, uma conspiração contra o patrimônio ferroviário do Brasil, cuja a participação e conivência das instituições que deveriam protegê-la, e ao contrario, fazem e permitem uma destruição premeditada. Por outro lado a população vem sendo ludibriada, neste ano de 2012, com as chamadas “festividades do centenário da Estrada de Ferro Madeira Mamoré”, a farsa arquitetada, que visa a encobrir o crime nesse Tristes Trópicos, contra a ferrovia e o Rio Madeira.
 Na Verdade, estamos estarrecidos com o IPHAN, tanto nacional quanto a desastrada superintendência regional de Rondônia, cuja o papel e marcado pela inércia, pela conivência, e pela distorção das leis que protegem o patrimônio histórico. Sentimo-nos abalados com atos que desfiguram esse patrimônio, por meio de pareceres de gaveta, casuísticos capazes autorizar um vandalismo oficial, sem o qual teríamos a destruição das maiores referências históricas uma, a Estrada de Ferro Madeira Mamoré, que traduz a história a modernidade, no Brasil, da ferrovia nacional, a outra o Rio Madeira.
Da maneira como vem ocorrendo, honesto e justo seria o IPHAN sair de Rondônia, pois não nos serve. Em vez de salvar ele mata. E o encaminhamento dado solicitando as providencias, ao MP e MPF, com relação aos crimes praticados na Ferrovia Histórica, parece-nos carimbados pela descortesia e pela incompreensão, porque não incompetência...Que o caracteriza de imperdoável. Tripudia, selar definitivamente a destruição da EFMM.
Na condição de cidadãos brasileiros, já levamos ao conhecimento da presidente do Brasil, Dilma Rousseff,a bandalheira, e os crimes ora permitidos aqui. Pedimos para serem apurados e exigimos que sejam responsabilizados como contravenção penal. Esperamos providência e apuração de responsabilidades.
Levamos ao conhecimento dessa Assembleia Legislativa de Rondônia, com certeza não compactua com os crime na Ferrovia Madeira Mamoré, já que tem que zelar pelo patrimônio amazônico e histórico de RO, também que é do país, muitas vezes não se percebe que ele vem sendo vilipendiado por seus próprios órgão públicos como é o caso do triste papel desempenhado aqui principalmente pelo IPHAN.
 Se estivéssemos em outro regime, felizmente não, perguntaríamos, se tudo isso, não exigiria providências até mesmo do Ministério da Defesa, uma vez, que três década atrás, era o exercito brasileiro guardião de um patrimônio cercado, mas que ainda nos permitia a esperança de vê-lo recomposto e salvo da rapinagem. Mas, e agora...Sem ser recomposto não podemos pretender que seja PATRIMÔNIO DA HUMANIDADE.
Senhores é impossível o silêncio. Clamamos por justiça. Exigimos respeito. O Consórcio do Madeira, tem a obrigação de elevarem o Leito e as pontes Metálicas da Estrada de Ferro Madeira Mamoré. A EFMM, não pode ficar debaixo d´água.
Obrigado pela atenção.
Arquiteto Luiz Leite de Oliveia
Presidente da Associação dos Amigos da Madeira Mamoré – AMMA- 
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