Quem sabe faz a hora – Por Valdemir Caldas

Da Redação

07 de Abril de 2012 às 08:50

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Quem sabe faz a hora – Por Valdemir Caldas

Foto: Divulgação

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O deputado Eurípedes Lebrão, presidente da Comissão Parlamentar Processantes, criada para investigar deputados apanhados na Operação Termópilas da Polícia Federal, reuniu-se com os membros da dita cuja para dizer que os trabalhos vão continuar no mesmo ritmo, ou seja, devagar e quase parando.

Convenhamos, mas essa Comissão, além de chata, tornou-se insuportável. Será que não há ninguém competente na Assembléia Legislativa para pegar na alça do caixão e providenciar logo o seu enterro. Enquanto isso, a imagem da ALE, que não é das melhores, continua descendo a ladeira, rumo à latrina.

A Comissão quase não se reúne e, quando isso aconteça, é para discutir temas supérfluos. A impressão primeira é a de que ninguém quer fazer absolutamente nada. Se a Comissão nada produziu quando Ribamar Araújo estava lá dentro, que dirá agora, depois que ele resolveu correr da raia.

Cá entre nós, o que tem prevalecido, mesmo, são os interesses desse ou daquele político, dessa ou daquela agremiação partidária, sempre com prejuízos para a coletividade. São os privilégios de grupos sobrepondo-se às legítimas aspirações sociais. Depois essa gente reclama, chora e esperneia, quando o povo resolve vira-lhe às costas durante a campanha eleitoral.

Assim fica difícil defender a ALE. É demais. É desse modo que os nobres membros da Comissão acreditam que conseguirão limpar a imagem da Casa perante a opinião pública? Essa Comissão já nasceu morta, está exalando um odor desagradável. A melhor coisa a fazer é deitar para se enterrada.

Estivesse o povo ocupando as ruas, praças e avenidas, essa Comissão já teria dado os frutos reclamados pela sociedade. Mas, como ninguém moveu uma palha, até agora, os deputados vão continuar empurrando o escândalo com a barriga até cair na vala comum do esquecimento.

O povo precisa pressionar a ALE, pois só assim haverá chances de assegurar a punição exemplar dos acusados e, destarte, recuperar as esperanças da cidadania.

Se há, hoje, algum motivo justo para repor os rondonienses nas ruas, certamente à cassação dos envolvidos na Operação Termópilas, por falta de decoro parlamentar, é uma delas. Portanto, às ruas, minha gente, pois, como diz a música de Geraldo Vandré, quem sabe faz a hora, não espera acontecer.

Direito ao esquecimento

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