Governo discute com Globoaves proteção tributária para a produção local

Da Redação

31 de Janeiro de 2012 às 14:39

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Governo discute com Globoaves proteção tributária para a produção local

Foto: Divulgação

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A proteção do mercado de aves em Rondônia com vistas a enfrentar barreiras impostas por outros Estados, como o Mato Grosso, esteve em pauta nesta terça-feira (31), quando o governador Confúcio Moura recebeu representantes do Grupo Globoaves, responsável pelo Frigorífico Avenorte Indústria de Alimentos, em Espigão do Oeste.

De acordo com Roberto Kaefer, diretor-presidente do Grupo, a proposta é que o governo de Rondônia reveja a questão tributária realizando convênio com o governo do Mato Grosso, que hoje cobra 12% de tributos com a saída de grãos, como o milho, principal ração das galinhas. Outra sugestão do grupo é que a produção local seja valorizada com carga tributária maior para as aves que vêm de outros Estados, vez que as vendas da Ave Norte hoje são mais para Manaus (AM).

Por tratar-se de assunto tributário, o governador sugeriu que o grupo se reunisse com o secretário de Finanças, Benedito Alves, e equipe da Sefin.

PAF

Outro assunto da pauta do governador com o Grupo Globoaves foi sobre a implantação do Programa de Avicultura Familiar (PAF), uma iniciativa sócio-ambiental do Instituto Globoaves, que tem projetos pilotos previstos para Ariquemes e Buritis, e em seguida expansão para outros 21 municípios. Conforme o gestor de Projetos, Marcos Bertoli, o PAF, que está na fase final de formação do perfil do Estado para ser colocado em prática, já é desenvolvido nos Estados de Alagoas e Paraná, além de Honduras e Nicarágua.

O programa consiste na estruturação de pequenas criações com a transferência de conhecimentos e tecnologias para as famílias de baixa renda da zona rural, que a princípio atenderão ao consumo próprio e posteriormente ao externo, suprindo, por exemplo, a merenda escolar.

Entre os objetivos do PAF estão a introdução de proteínas animais na alimentação familiar, estimular a criação de galinhas caipiras no campo como atividade econômica familiar, aproveitamento de resíduos orgânicos na alimentação, capacidade de incremento na produção de ovos, oportunizar a criação de pequenas cooperativas e a verticalização industrial, através da ração para aves e a produção de ovos, diminuir o êxodo rural, criar sustentabilidade, associando outros cultivos como frutas, hortaliças e gado leiteiro e implementar a cultura orgânica nas pequenas propriedades.

GLOBOAVES

Kaefer explicou que a Globoaves é fruto de uma vocação familiar, que teve início em meados do século passado, quando, no interior do Rio Grande do Sul, o patriarca Henrique Helmuth Kaefer abriu um pequeno comércio de produtos agropecuários. Em 1960, estimulada pela onda migratória que levou milhares de colonos gaúchos para o Oeste do Paraná, a família Kaefer chegou a Toledo (PR).

Após participar como sócio em um armazém de “secos e molhados”, Helmuth e os filhos Velci, José Saldi e Roberto Kaefer constituíram, em 1976, a Globo Comércio e Representações, uma loja agropecuária que vendia rações, suínos e pintinhos de um dia. Em 1978, a família adquiriu uma pequena granja para produção e engorda de suínos. O plantel inicial era de apenas 50 matrizes. Com o crescimento do negócio da avicultura, em 1983 foi criada a Globoaves Comércio de Aves, voltada exclusivamente à compra e venda de pintinhos.

Buscando maior independência de fornecedores que não primavam pela regularidade no abastecimento às grandes empresas, a família decidiu então pela implantação de uma pequena granja de matrizes e um incubatório para produção própria. Para desenvolver essa atividade, em 1985 foi fundada a Globoaves, principal empresa do grupo controlado pela holding Kaefer Administração e Participações, com atuação na avicultura, suinocultura, agricultura

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