Um salto de quatro para c em captações de órgãos para transplantes é o que pretende neste ano a Central de Transplantes do Estado de Rondônia (Cetro). No ano passado, a central captou quatro rins. Dois em novembro, que foram enviados para o Rio Grande do Sul e dois em dezembro, sendo um para um paciente no Rio Grande do Sul e outro para Minas Gerais. Para este ano, a previsão é de captar cem órgãos, principalmente fígado e rins, e 300 córneas.
A unidade se prepara, entretanto, para realizar ainda neste ano o primeiro transplante de rim no Estado. Para isso, vai depender das condições técnicas, após a conclusão das obras do novo centro de transplantes.
A retirada de órgãos é feita após o paciente ser diagnosticado por uma equipe de profissionais médicos com morte cerebral, isto é, com perda irreversível das funções cerebrais, e com autorização da família. Os órgãos são enviados por via aérea, acondicionados em embalagem própria com gelo e têm validade de 24 horas. O transplante obedece a uma lista de espera, que consta no banco de dados do Ministério da Saúde, informa Alessandro Prudente, gerente da Central de Transplante.
A equipe responsável pela captação de órgãos e pela procura de doadores e de seus parentes de primeiro grau para autorizar a retirada, é composta por dois médicos, três assistentes sociais, uma psicóloga e cinco enfermeiras, todos treinados e capacitados.
Segundo Alessandro Prudente, mensalmente são atendidos em média 200 pacientes transplantados residentes em Rondônia, os quais recebem consultas de rotina, urgência, distribuição de medicamentos, apoio psicológico e orientações sociais.
O secretário de Saúde, Ricardo Rodrigues, disse que este ano a Sesau promoverá todos os meios disponíveis para a realização efetiva de transplantes em Rondônia.