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Casarão histórico está localizado na entrada do distrito, ao lado da igreja.
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O município de Porto Velho vem seguidamente sendo alvo de matérias jornalísticas onde denuncias de descaso com o patrimônio histórico e seus acervos são amplamente divulgadas na mídia, a falta de zelo com os símbolos do que representam a formação de uma das cidades com um dos históricos culturais mais interessantes do pais é motivo de luta de muitas entidades e representantes sociais.
Entre esses patrimônios está uma residência localizada na entrada do distrito portovelhense de Calama, um casarão pertencente ao seringalista Joaquim Pereira da Rocha, pioneiro amazônico que deixou suas raízes em Porto Velho.
Com mais de cem anos, o casarão foi construído em material nobre, todo em madeiras de cedro com mais de cem metros de altura, piso de madeira totalmente talhado em desenhos do período barroco, mais que uma casa a antiga residência de Joaquim Pereira é um monumento vivo da historia amazônica.
Mas, alheio a tudo isso a Arquidiocese de Porto Velho responsável por uma pequena igreja localizada ao lado onde está localizado o casarão de Calama, simplesmente decidiu derrubar a residência. Segundo moradores da região o casarão será desmontado e a madeira distribuída.
“Esse casarão jamais deveria ser destruído, o que tem que ser feito é oficializar o local em patrimônio histórico do estado. Porém procuramos representantes públicos como o IPHAN que talvez nos ajudaria a realizar esse processo, mas não fomos atendidos ou sequer ouvidos”, afirmaram Bola Sete e Jofre Vieira, moradores e representantes comunitários do distrito de Calama.
Representantes de movimentos culturais e sociais da capital de Rondônia estão indignados com a destruição da residência de Joaquim Pereira da Rocha.
“A comunidade não pode aceitar que a nossa historia seja seguidamente dilapidada por pessoas que não tem nenhum respeito à nossa cultura, estamos de ver nosso patrimônio destruído e os responsáveis não darem nenhuma satisfação”, concluiu um representante comunitário que esteve no local.
A principio uma parceria entre Estado, Município e União deve ser realizada para definir a quem cabe a responsabilidade sobre esse patrimônio, mas ao que tudo indica os poderes constituídos para a defesa do patrimônio rondonienses continuam esquecendo esse importante pedaço da nossa história amazônica.