Há exatamente sete anos, nove meses e vinte e quatro dias assumia a Prefeitura de Porto Velho o professor Roberto depositando na população todas as esperanças de uma nova ordem administrativa e gerencial à frente do paco municipal, um desconhecido até então, que não havia sequer conseguido se eleger vereador do município, sua campanha no segundo turno daquelas eleições tinha o trocadilho “Dia 31 vote 13”, sem ao menos mencionar o nome do candidato. Lula em ascendência tinha a preferência esmagadora da população brasileira, um novo tempo para o Brasil. O Partido dos Trabalhadores mostrando a que veio, a credibilidade do País no exterior ia de vento em polpa, não de outra forma, Rondônia e especialmente Porto Velho, prometia um boom de crescimento nunca antes visto por essas paragens.
Coligado com o PC do B e tendo como vice em sua chapa a esposa do então falecido deputado federal Sérgio Carvalho, soube muito bem em seus programas eleitorais usar o bordão “Eu e a Cláudia, a Cláudia e Eu”. Não demorou muito, enxotou a vice-prefeita fazendo a mesma cair no ostracismo, era o primeiro sinal de sua personalidade fria e calculista. O caminho estava aberto para o “Novo Jeito de Administrar”. Roberto sabia o que queria. Soube utilizar como ninguém a máquina oficial de propaganda, sempre prometendo e nunca cumprido o que anunciava, ou deixando pela metade o que fazia, mas o marketing continuava. Desculpas e mais desculpas das obras e serviços não realizados. Sempre a culpa era do fornecedor, do tempo, da chuva, do abandono do empreiteiro, nunca dele.
Para não ficar só no discurso, vamos relatar alguns fatos de conhecimento de todos: passagem de ônibus em seu mandato aumentou 74% contra uma inflação de 33,22% (IPCA) e tendo um atendimento precaríssimo à população, nova rodoviária não saiu do discurso, trenzinho da Estrada de Ferro para turista só serve para depósito de dejetos humanos e fumar um baseado, hospital e pronto-socorro municipal são lendas, construção das Unidades de Pronto Atendimento – UPA’s, capengando, água tratada para cem por cento da cidade e esgotamento sanitário ninguém vê, aliás, em saneamento básico ficamos em último lugar dos mais de cinco mil municípios, aterro sanitário, ficou só na conversa, programa minha casa minha vida, é só passar na Viera Cahúla e ver que a construção parece com as ruínas de Roma e a grande piada do Roberto são os viadutos, que insiste em dizer que vão ficar prontos até o final de seu mandato, pura balela.
Arrotar que fez é fácil. A realidade é outra. Com o advento das hidrelétricas do Madeira, nossa cidade era para ser considerada a Pérola da Amazônia, mas com o esse prefeitinho, infelizmente isso não aconteceu. Uma cidade mal cuidada que nem ao menos tem tampa de bueiro e muito menos placas com os nomes das ruas para as pessoas se localizarem, era o mínimo que poderia ter feito como qualquer outro município por pior que seja.
Porto Velho não merecia este estelionato eleitoral. Com tantos recursos financeiros do PAC, das compensações das usinas e do Governo Federal, só uma administração desastrosa, incompetente, sem planejamento e principalmente sem compromisso com o povo poderia deixar esta cidade ao total abandono. Como disse Benito Mussolini no auge do nazi-fascismo: “coloquem o nome de seus filhos de ROBERTO que representa o eixo – ROma, BERlim e TOquio” , só esqueceu de dizer que era o eixo do mal. Que me perdoem todos os outros Robertos.