A greve dos bancários chegou a fechar mais de 9.200 unidades, de um universo de pouco mais de 20 mil agencias em todo o país. É, portanto, uma mobilização histórica e que comprova a insatisfação dos trabalhadores com o descaso dos bancos.
Nesta quinta-feira, quando completa o seu 17º dia de paralisação, a greve atinge também o expressivo número de 101 unidades fechadas, de um universo de 110 agências espalhadas em Rondônia, uma adesão também histórica na região.
Em entrevista à Rádio Cultura, 107,9 FM, o presidente do Sindicato dos Bancários e Trabalhadores do Ramo Financeiro de Rondônia (SEEB/RO), José Pinheiro, explicou aos ouvintes que a greve é culpa dos bancos, que apesar de obterem sucessivos recordes de lucros, ainda mantém a postura de não querer distribuir renda aos trabalhadores, verdadeiros responsáveis pela riqueza conquistada pelos bancos.
“A greve é culpa dos bancos. Ela não interessa nem aos bancários nem à sociedade. Se chegamos ao ponto de cruzar os braços foi porque os bancos não quiseram negociar e se mostram intransigentes em atender às reivindicações mais do que justas dos trabalhadores”, respondeu Pinheiro a alguns ouvintes do programa A Voz do Povo, apresentado pelo jornalista Arimar Souza de Sá.
SINALIZAÇÃO
Após muita pressão e com mais de duas semanas de atraso, os representantes da Federação Nacional dos Bancos finalmente sinalizaram com uma tentativa de reabrir as negociações com o Comando Nacional dos Bancários.
Uma reunião entre as partes está agendada para a tarde desta quinta-feira, às 16 horas (horário de Brasília), em São Paulo.
A expectativa dos representantes da Contraf/CUT é que os bancos possam apresentar uma proposta mais justa aos trabalhadores para, assim, pôr fim a esta que já é a maior greve dos últimos 20 anos no país.